Cid não participa da convenção que oficializou Ciro como candidato
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Cid não participa da convenção que oficializou Ciro como candidato
Ausente dos debates políticos no Ceará e do exercício do mandato no Legislativo, Cid desfalcou o grupo pedetista na capital federal numa das agendas mais importantes do bloco político ao qual integra
O senador Cid Gomes não participou da convenção do PDT em Brasília que oficializou nesta quarta-feira (20) o irmão Ciro Gomes como candidato à Presidência da República.
Ausente dos debates políticos no Ceará e do exercício do mandato no Legislativo, Cid desfalcou o grupo pedetista na capital federal numa das agendas mais importantes do bloco político ao qual integra.
Ao menos duas fontes confirmaram à coluna que o senador não viajou para acompanhar a homologação de Ciro na corrida pela sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma delas foi o segundo suplente de Cid, o empresário Júlio Ventura, que também não foi à convenção.
Transcorrido na tarde de hoje, o evento contou com participação de lideranças locais do PDT, como o ex-prefeito e pré-candidato ao Governo Roberto Cláudio.
RC foi escolhido como concorrente do partido em votação na última segunda-feira, 18. Por 55 votos a 29, ele derrotou a governadora Izolda Cela em processo no diretório estadual, no qual já se sabia que tinha maioria.
Além de Roberto, esteve presente na convenção de Ciro o ex-vice-governador Domingos Filho (PSD), que pleiteia vaga de vice na chapa encabeçada pelo ex-prefeito.
Durante a série de encontros do PDT que resultaram na definição do nome de RC como postulante, Cid permaneceu todo o tempo afastado. Essa foi a primeira vez, desde 2006, que um representante das forças governistas foi definido sem que o senador tenha tomado parte da decisão.
Segundo manifestações do prefeito de Sobral Ivo Gomes pelas redes sociais nos dias 16 e 17 de julho, Cid e o ex-governador Camilo Santana (PT) mantinham o mesmo grau de amizade de antes. A fala sugeria que os dois ex-governadores tinham alinhamento em relação ao impasse do PDT.
Na disputa interna do partido, o petista foi o principal apoiador de Izolda, a quem defendia como candidata à reeleição e cujo direito, para ele, era uma questão de justiça.
Ciro, porém, sempre preferiu que o candidato fosse RC. As inclinações do agora presidenciável se tornaram mais claras no encontro regional do PDT no estado, em 15 de junho, no qual o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, chegou a cantar para Roberto Cláudio que “o melhor prefeito vai virar governador”.
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