PSDB recorre de decisão que devolveu comando da federação a Chiquinho Feitosa
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Advogados do PSDB no Ceará recorreram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de decisão liminar que devolveu a Chiquinho Feitosa a presidência da federação formada pelo partido e o Cidadania.
A informação foi confirmada por membros da legenda.
Ainda nessa terça-feira (9), o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, acolheu pedido de Feitosa apresentado um dia antes. Nele, o tucano solicitava que a convenção da federação, realizada em 4/8 e que havia aprovado a neutralidade das duas siglas na disputa ao Governo, fosse considerada legal.
O despacho de Gonçalves sustou então as resoluções 33 e 34/2022, assinadas pelo presidente nacional da federação PSDB/Cidadania, Bruno Araújo, que tinha determinado a coligação do bloco com o PDT do candidato Roberto Cláudio no Ceará.
Então presidente do PSDB-CE, Chiquinho Feitosa colocou em votação na convenção (4/8) a tese da neutralidade, aprovada por 7 dos 11 votos da executiva. O encontro, ocorrido na Assembleia Legislativa, foi marcado por disputas, gritos e acusações de golpe.
Após intervenção do diretório nacional da federação naquele mesmo dia, a convenção foi anulada e Chiquinho, destituído. O senador Tasso Jereissati assumiu a presidência da federação e do diretório local do PSDB.
No dia seguinte, em nova convenção, Tasso oficializou apoio a RC e indicou o nome de Amarílio Macêdo para concorrer ao Senado na chapa encabeçada pelo pedetista.
Macêdo tinha como primeiro suplente o ex-secretário da Saúde Cabeto.
Por enquanto, a decisão favorece Chiquinho, que volta ao comando do grupo, e cria um problema para RC, que perde o candidato ao Senado, ao menos provisoriamente – ele ainda pode reverter o resultado na justiça eleitoral.
A coluna apurou que há grande mal-estar dentro do PSDB com a batalha jurídica em que se transformou a participação da legenda nas eleições de 2022.
Com a judicialização da disputa, até mesmo a chapa para federal está sob risco. Não se sabe, por exemplo, se Chiquinho irá postular uma vaga na Câmara, como estava previsto antes de ele demonstrar interesse pela suplência do ex-governador Camilo Santana (PT), candidato ao Senado.
Como a ata com as composições válidas agora é o documento aprovado na convenção do dia 4, a candidatura de Macêdo e de Cabeto está invalidada, por ora.
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