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Guerra de apoios, maçonaria e outras coisas
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Guerra de apoios, maçonaria e outras coisas

Para coroar a confusão no PSDB, José Serra foi às redes para manifestar apoio a Lula e ao candidato de Bolsonaro em São Paulo – ao mesmo tempo
Tipo Análise
O presidente recebeu apoio de Zema no segundo turno (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil O presidente recebeu apoio de Zema no segundo turno

A campanha no 2º turno começou com uma inusitada salada de temas. De maçonaria a briga por apoios, o embate entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se dá agora no campo mundano e também no transcendental.

Nessa terça-feira (4), enquanto Lula se reunia com religiosos franciscanos, de quem recebeu voto, e celebrava uma manifestação acanhada de Ciro Gomes (PDT), Bolsonaro avançava sobre os governadores eleitos de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Essa gincana se estendeu ao longo do dia, ao fim do qual o governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado na disputa pela reeleição, declarou “apoio incondicional” a Tarcísio Freitas (Republicanos) e ao presidente da República.

Horas depois, foi desautorizado por lideranças mais emplumadas do tucanato nacional, a exemplo do senador Tasso Jereissati.

Além do incômodo que o gesto de Garcia causou entre correligionários, quatro secretários estaduais do Palácio dos Bandeirantes ameaçaram pedir demissão no dia seguinte caso ele mantenha a chancela ao bolsonarismo.

Para coroar a confusão social-democrata, José Serra foi às redes para manifestar apoio a Lula e ao candidato de Bolsonaro em São Paulo – ao mesmo tempo.

Numa declaração enigmática, Serra justificou que votaria em Lula e Tarcísio pela mesma razão. Mas qual? Ele não respondeu.

Resumo da ópera: Bolsonaro largou na frente nas articulações, mas, na prática, agregou apenas nomes cuja adesão já era esperada, como a de Romeu Zema em Minas e a de Cláudio Castro no Rio.

Para hoje, quarta-feira (5), Lula espera mais do uma sinalização de Simone Tebet (MDB), terceira colocada na corrida eleitoral. Com PDT e parte do MDB a seu lado, o petista quer ampliar eleitorado em estados do sul e sudeste.

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