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"Estamos construindo uma candidatura", diz Leo Couto sobre sucessão na Câmara
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Estamos construindo uma candidatura", diz Leo Couto sobre sucessão na Câmara

"Estamos construindo uma candidatura e na semana que vem teremos definição", disse Couto em conversa com a coluna
Tipo Notícia
 Leo Couto é vereador de Fortaleza (Foto: Foto: Érika Fonseca/CMFor)
Foto: Foto: Érika Fonseca/CMFor Leo Couto é vereador de Fortaleza

Vereador pelo PSB, Leo Couto afirmou à coluna que está trabalhando na sua candidatura para concorrer à presidência da Câmara de Vereadores de Fortaleza.

A eleição da casa está marcada para 1º de dezembro. Atual presidente, Antônio Henrique (PDT) foi eleito deputado estadual e vai deixar o posto.

“Estamos construindo uma candidatura e na semana que vem teremos definição, estamos andando”, disse Couto em conversa com a reportagem.

Segundo o parlamentar, a formação da chapa para postular o comando do legislativo municipal está sendo discutida com o senador eleito Camilo Santana e o governador eleito Elmano Freitas, ambos do PT.

“A gente está concretizando uma chapa que teria PT, Psol e PSB de partida. É um ponto de largada, haja visto o último pleito”, explicou Couto.

Na disputa eleitoral de 2022, o vereador, mesmo no PSB, declarou apoio a Camilo e Elmano – a legenda socialista decidiu apoiar Roberto Cláudio (PDT) para o Governo do Estado.

Couto chegou a sofrer represália da sigla, sendo destituído da direção do PSB em Fortaleza por Dênis Bezerra, presidente do partido no Ceará e deputado federal.

“Eu me portei ao lado do governador (Camilo) por toda a ligação que tenho. São meus líderes, Cid, Elmano e Camilo. São eles que eu escuto”, afirmou o vereador.

Caso leve adiante a candidatura, Couto deve enfrentar Gardel Rolim (PDT) na briga pela sucessão de Antonio Henrique, de quem o pedetista tem apoio.

Na Câmara, Rolim tenta costurar a adesão de toda a bancada do PDT para se cacifar e chegar à presidência, ocupando ainda outros espaços na mesa – o partido tem maioria.

Esse é o primeiro choque entre o grupo de Camilo, que saiu vencedor das urnas, e o de Roberto Cláudio, derrotado por Elmano com apoio do senador eleito.

A queda de braço também antecipa o cenário da corrida eleitoral pela Prefeitura, daqui a dois anos. Hoje prefeito da capital cearense, José Sarto (PDT), aliado de Rolim, deve concorrer à reeleição, salvo mudanças no roteiro que já se desenhava.

Outra possibilidade é o próprio RC voltar para tentar um terceiro mandato à frente da Executivo fortalezense, de maneira a garantir permanência dessa ala pedetista no controle da Prefeitura.

Para os planos tanto de RC quanto os das forças governistas, a eleição para a presidência da Câmara é etapa fundamental. Ter um aliado na cadeira de presidente do Legislativo é uma carta de força para quem vai brigar pelo Paço.

Esse confronto deve aprofundar mais ainda as divergências entre os times de Camilo e RC, com consequências para o próprio PDT, hoje dividido entre um segmento mais camilista e outro que ainda se mantém ao lado do ex-prefeito.

Na Assembleia Legislativa, por exemplo, um bloco numeroso de pedetistas defende composição com Elmano a partir de 2023, integrando a base do govenador.

Dirigentes do PDT, no entanto, resistem a essa ideia, pregando a tese de que o partido deve estar na oposição a Elmano na Assembleia. É o caso, por exemplo, do deputado federal André Figueiredo, que preside a agremiação no estado e é nome próximo de Ciro Gomes e de RC.

Foto do Henrique Araújo

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