Ofensiva pressiona por Cid na presidência do PDT no Ceará
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Ofensiva pressiona por Cid na presidência do PDT no Ceará
Em coletiva recente, o próprio Cid considerou que, atualmente, representa o desejo majoritário do PDT no Ceará
Um movimento tem pleiteado, nas últimas semanas, a presença do senador Cid Gomes no comando do PDT local, posto em relação ao qual o ex-governador já expressou interesse em ocupar.
Da deputada estadual Lia Gomes (irmã de Cid) ao ex-pedetista Bismarck Maia, prefeito de Aracati e hoje dirigente do Podemos, aliados do senador pressionam para que haja mudança na cúpula da legenda, cujo diretório estadual é presidido pelo deputado federal André Figueiredo.
Em entrevista ao O POVO, Maia defendeu que Cid seja presidente do PDT cearense. “Acho que eles (os pedetistas) vão lutar para isso. A grande maioria está do lado dele”, disse.
Em coletiva recente, o próprio Cid considerou que, atualmente, representa o desejo majoritário da sigla, que, a seu ver, deveria estar no mesmo arco de aliança do governador Elmano de Freitas (PT).
Na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), dez dos 13 deputados do partido concordam com essa tese. Dentro do PDT, no entanto, Cid enfrenta a ala sob influência do ex-prefeito Roberto Cláudio. Desde as eleições de 2022 e da posse de Elmano como chefe do Executivo, RC vem fazendo oposição ao governo petista, sem demonstrar abertura para uma composição.
Rompidos politicamente, Cid e RC travam uma espécie de “guerra fria” dentro do PDT para influir nos rumos da sigla em 2024.
RC postula a reeleição de José Sarto, atual prefeito. Cid mantém posição de que PT e PDT podem recompor o bloco que deu vitória a Sarto em 2020 e a Camilo em 2014 e 2018 – o que não significa necessariamente apoiar Sarto ano que vem.
Os movimentos em torno do futuro do PDT no estado fazem parte dessa disputa. Para o grupo cidista, ter o controle da legenda em 2024 é importante para definir não apenas estratégias, mas se o partido vai chancelar a recondução de Sarto.
Para RC, a chegada de Cid à cadeira de dirigente seria o aprofundamento da crise que começou ainda em julho do ano passado, quando a legenda preteriu a então governadora Izolda Cela como candidata ao Abolição, escolhendo o ex-prefeito como representante na corrida eleitoral.
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