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A um ano das eleições, impasse no PDT corre o risco de se judicializar
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

A um ano das eleições, impasse no PDT corre o risco de se judicializar

Mais que azedo, o clima no PDT é abertamente beligerante, com dois grupos medindo forças na disputa pela hegemonia dentro do partido
 Senador Cid Gomes inicia série de reuniões no PDT (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal  Senador Cid Gomes inicia série de reuniões no PDT

Sem que qualquer dos grupos hoje em disputa ceda, o risco no PDT atualmente é de judicializar a divergência sobre o comando da legenda no estado.

O senador Cid Gomes já deixou claro que pretende ocupar o posto de dirigente do partido no Ceará, enquanto o atual presidente da sigla no âmbito local, o deputado federal André Figueiredo, sinalizou que, se não houver acomodação política das forças, “vai para o enfrentamento”.

Com o impasse instalado, Cid fez saber a Carlos Lupi, ministro da Previdência e liderança trabalhista, que irá usar os instrumentos regimentais da agremiação, ou seja, vai recorrer ao diretório para assegurar a chegada de seu grupo à chefia da executiva cearense.

Figueiredo, porém, mantém-se resistente ante as investidas do ex-governador do Ceará, sobre as quais ele já disse que se trata de entregar o “partido no colo” do governismo.

Mais que azedo, o clima é abertamente beligerante, com dois grupos medindo forças na disputa pela hegemonia hoje dentro do PDT.

O racha é desdobramento direto das eleições de 2022, quando o bloco, antes sob ascendência coesa de Cid, Ciro Gomes e Roberto Cláudio, se dividiu entre o apoio a RC e a Izolda Cela, então governadora.

Nesse intervalo, Ciro passou um período sabático fora do país "lambendo as feridas", como tem dito. Cid, por sua vez, retornou aos poucos ao tabuleiro.

Agora, os irmãos, que estão rompidos, travam uma queda de braço por meio de aliados – Ciro afinado com os movimentos de Figueiredo, a quem declarou apoio, e o próprio Cid representando a ala que pretende desalojar a oposição a Elmano de Freitas da cúpula do PDT.

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