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Cid reúne aliados para aprovar convocação de diretório do PDT e mudar comando da sigla
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Cid reúne aliados para aprovar convocação de diretório do PDT e mudar comando da sigla

De acordo com interlocutores, Cid já teria hoje mais de 1/3 dos votos dos mais de 80 delegados da sigla (84 titulares, mais os suplentes)
Cid Gomes participa de a Audiência Pública sobre hidrogênio verde no Pecém (Foto: Samuel Setubal/O POVO)
Foto: Samuel Setubal/O POVO Cid Gomes participa de a Audiência Pública sobre hidrogênio verde no Pecém

O senador Cid Gomes (PDT) reúne aliados na tarde desta segunda-feira, 26, a partir das 16h30, não apenas como demonstração de força política.

Na prática, o ex-governador pretende coletar assinaturas suficientes para pedir a convocação do diretório estadual da legenda no Ceará.

De acordo com interlocutores, Cid já teria hoje mais de 1/3 dos votos dos mais de 80 delegados da sigla (84 titulares, mais os suplentes).

Caso a estimativa se confirme, uma assembleia do diretório seria então agendada. Nela, por maioria absoluta, os membros reunidos poderiam aprovar uma mudança na composição da executiva do PDT cearense, hoje sob comando do deputado federal André Figueiredo.

Marcada para um auditório de Fortaleza, a reunião de Cid e dos trabalhistas que estão na base do governo Elmano de Freitas (PT) é uma resposta ao encontro regional do PDT, realizado nas últimas quinta e sexta-feira, na Capital.

Durante o evento, Ciro Gomes – irmão de Cid, mas com quem ele está rompido –, Roberto Cláudio e José Sarto manifestaram-se publicamente a favor da permanência de Figueiredo à frente da executiva do partido – ele tem mandato até dezembro.

Mais que isso: RC classificou os gestos do senador pedetista como “uma indisfarçável tentativa de golpe”.

Alinhado com Ciro, Figueiredo apoia a candidatura à reeleição de Sarto em 2024.

Cid, no entanto, postula que o PDT esteja formalmente no bloco de sustentação de Elmano, o que significaria apresentar um nome de consenso do grupo no ano que vem na disputa pelo Paço – não necessariamente Sarto, de quem Elmano e o próprio Cid se afastaram.

Resumo da ópera: a conversa de logo mais é apenas o primeiro passo de um movimento encabeçado pelo ex-governador e cujo objetivo é garantir a chegada da ala governista do PDT à presidência do partido, desbancando RC, Figueiredo, Sarto e Ciro.

Cid teria forças para isso? Dentro do PDT, a ala cidista avalia que sim.

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