Grupo de Ciro no PDT declara guerra a Camilo; Cid se movimenta para assumir comando do partido
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Grupo de Ciro no PDT declara guerra a Camilo; Cid se movimenta para assumir comando do partido
Entre a quinta passada, dia do encontro regional da legenda, e o sábado, 24, quando o bloco alinhado a Ciro fez nova rodada de conversas, as tensões se agravaram, chegando ao nível máximo de fervura até aqui
Num quadro de crise aguda, o PDT se pintou para a guerra. De um lado, Ciro Gomes, Roberto Cláudio e André Figueiredo tentam assegurar o controle do partido no Ceará, de modo a neutralizar o avanço do senador Cid Gomes, que tem reunião prevista com aliados nesta segunda-feira, 26.
Entre a quinta passada, dia do encontro regional da legenda, e o sábado, 24, quando o bloco alinhado a Ciro fez nova rodada de conversas, as tensões se agravaram, chegando ao nível máximo de fervura até aqui.
As declarações de RC e Figueiredo no fim de semana dão o tom da temperatura política. O ex-prefeito classificou os movimentos recentes de Cid como uma “indisfarçável tentativa de golpe”, enquanto o deputado federal afirmou que o PDT “não vai cair no colo” do governismo.
Publicamente, Cid não tem respondido a nenhuma crítica. O ex-governador, porém, não está parado. Pelo contrário, vem costurando apoios na executiva estadual para garantir a sustentação da tese de que o comando da sigla deve passar das mãos de Figueiredo, atual presidente, para as dele.
Nomes próximos de Cid já sinalizam que o pedetista teria maioria para travar essa queda de braço no âmbito do diretório estadual.
Como o mandato de Figueiredo vai pelo menos até dezembro, porém, o dirigente só deixaria a função antes disso em caso de renúncia ou de destituição.
Esse conflito em praça pública é o mais novo desdobramento do racha que se abateu sobre o partido desde as eleições de 2022, quando uma ala liderada por Ciro, Figueiredo e o prefeito José Sarto bancou a candidatura de RC ao governo.
De lá para cá, as divergências se intensificaram, a ponto de explodirem durante a realização do seminário da agremiação, ao qual Cid não compareceu, tampouco seus interlocutores.
Num segundo front dessa batalha, Ciro abriu fogo contra o ministro Camilo Santana (PT), que também tem sido alvo da artilharia de Figueiredo.
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