Domingos Filho e Camilo: o que esteve na mesa de conversa
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Domingos Filho e Camilo: o que esteve na mesa de conversa
Diante do mapa cearense, admite Domingos, o desafio é "tentar saber onde é possível a base sair junta ou não, porque tem também que respeitar situações locais"
Presidente estadual do PSD, Domingos Filho esteve reunido com o ministro e ex-governador Camilo Santana (PT) na última quarta-feira, 11, no escritório do petista, em Fortaleza.
Recém-chegado ao ninho governista, Domingos sinaliza, genericamente, que ambos conversaram “sobre interesses comuns nas eleições de vários municípios do estado”.
Entre eles, Tauá, sob gestão da prefeita Patrícia Aguiar, esposa do pessedista. Mas a agenda não se limitou ao município, abrangendo também alguns nos quais o PSD tem interesse, “onde já temos prefeituras e outros novos”.
Diante do mapa cearense, admite Domingos, o desafio é “tentar saber onde é possível a base sair junta ou não, porque tem também que respeitar situações locais”.
Já sobre a disputa na capital, o dirigente foi mais evasivo. Disse apenas que discutiram a “possibilidade de unidade dos partidos integrantes da base nas eleições de Fortaleza”.
Há exatamente um ano, Domingos concorria ao Governo do Estado como vice na chapa encabeçada por Roberto Cláudio (PDT). Nas urnas, enfrentaram Elmano de Freitas (PT) e Jade Romero (MDB), vencedores ainda no primeiro turno.
De lá para cá, o PSD deixou a base de José Sarto (PDT), pré-candidato à reeleição em 2024. Uma semana depois, selou a entrada no bloco aliancista do Abolição com a ida de Célio Studart para a Secretaria de Proteção Animal, conforme a coluna havia antecipado.
Domingos já foi vice de Cid Gomes (PDT) no Executivo. Tentou voo solo, mas acabou se desentendendo com o grupo dos Ferreira Gomes, à época ainda muito coeso.
Passou uns anos distante, ensaiando movimentos de oposição, mas findou por se reaproximar do arco hoje sob condução de Camilo e Elmano, com Cid representando a terceira força nessa composição.
De olho na eleição do ano que vem, Domingos planeja sobretudo consolidar a influência do PSD no interior cearense. E, claro, se houver abertura, quem sabe se cacifar para integrar a chapa em Fortaleza em 2024.
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