Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Em reserva, um pedetista cearense afirmou à coluna ter procurado Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT e ministro de Lula, para tentar intermediar conflito no Ceará e ajudar na resolução do impasse.
Segundo esse filiado, que tem mandato parlamentar, o dirigente do partido teria respondido apenas que “nenhum dos dois lados quer ceder” e que, por isso, “não tinha como resolver”.
Lupi já foi acionado outras vezes por membros seja da ala cidista, seja do bloco ligado a Ciro Gomes.
Numa delas, em julho passado, viajou às pressas ao estado quando Cid Gomes encaminhava realização de encontro para eleger uma nova executiva da legenda local – exatamente o que pretende fazer hoje, nesta segunda, 16.
Naquele mês, Lupi sentou-se com Cid e André Figueiredo, que representam os lados dessa briga.
Precária, a solução encontrada então foi que Cid seguiria na direção interina do PDT até dezembro, com o compromisso de que, findo esse prazo, Figueiredo, que era o presidente, reassumiria para seguir no mandato, com apoio de Cid.
Apalavrado, o acordo valeu até poucos dias atrás, quando o próprio Figueiredo deu por encerrado o pacto com Cid, sob justificativa de que o acordado fora descumprido.
Cid negou. Disse que não tinha se comprometido com nada além daquilo que era público, ou seja, que tentaria reduzir a temperatura política do PDT, recompondo a legenda no estado.
Desde que o imbróglio se refez e as tensões escalaram, resultando numa total balcanização da sigla, Lupi vem se esquivando do problema.
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