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Ciro Gomes sobre grupo de Cid: "Este pedaço de PDT aqui não aceita suborno"
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Ciro Gomes sobre grupo de Cid: "Este pedaço de PDT aqui não aceita suborno"

Ainda segundo o ex-ministro, o Ceará "está dominado que nem as periferias estão pelas facções"
Ciro Gomes participa de evento do PSDB ao lado de Tasso Jereissati e de outras lideranças tucanas e do PDT (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Ciro Gomes participa de evento do PSDB ao lado de Tasso Jereissati e de outras lideranças tucanas e do PDT

Ao lado do ex-senador Tasso Jereissati em evento do PSDB nesta segunda-feira (30), em Fortaleza, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) não se voltou apenas contra adversários políticos de fora do partido, a exemplo de Elmano de Freitas e Camilo Santana, ambos petistas.

Ao declarar apoio ao aliado tucano nas disputas do ano que vem no Ceará, Ciro acrescentou: “Estamos juntos, contem conosco. Este pedaço de PDT que está aqui não aceita suborno”.

O recado, como se sabe, tem endereço certo: o grupo do irmão e senador Cid Gomes (PDT), que trava batalha contra Ciro, André Figueiredo e Roberto Cláudio pelo controle da legenda no estado.

Durante seu discurso, Ciro acusou Camilo de cooptar aliados e prefeitos, uma crítica endossada por Tasso, para quem o governo estadual trabalha para acabar com a oposição local.

“O nosso estado do Ceará está sendo destruído pela traição, pelo descompromisso”, complementou Ciro, afirmando em seguida que daria “nomes aos bois” e que “amanhã vocês vão ver que não sai uma linha do que vou falar na grande imprensa daqui”.

Ainda segundo o ex-ministro, o Ceará “está dominado que nem as periferias estão pelas facções”.

“Vou dizer”, continuou, “hoje no estado, que era famoso pela decência com que Tasso e eu procuramos governar, não se realiza uma obra pública sem pagar propina”.

Logo depois, Ciro comparou a atual gestão do Executivo estadual ao governo dos coronéis contra os quais Tasso se elegeu governador pela primeira vez, em meados da década de 1980.

“Aqui ninguém dizia nada contra os coronéis. É do mesmo jeito que está hoje. Aquilo tudo que foi nossa conquista está indo pro brejo, está sendo jogado fora, está indo pra lata do lixo”, concluiu.

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