Declarações de Ciro municiam oposição e provocam reação do Governo, que aciona a Justiça
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Declarações de Ciro municiam oposição e provocam reação do Governo, que aciona a Justiça
Ao lado de Tasso Jereissati (PSDB), outro protagonista desse campo, Ciro fez sérias acusações contra a gestão petista no fim do mês de outubro
Embora tenha se mantido afastado da cena local por algum tempo, fazendo aparições esporádicas a cada disputa eleitoral, Ciro Gomes (PDT) parece ter mergulhado de cabeça no tabuleiro político cearense.
Declarações do ex-presidenciável proferidas durante a convenção do PSDB no estado, em 27 de outubro passado, deram o tom adotado pela oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) e ao ministro Camilo Santana (PT).
Ao lado de Tasso Jereissati (PSDB), outro protagonista desse campo, Ciro fez sérias acusações contra a gestão petista no fim daquele mês.
De lá para cá, adversários de Elmano se movimentaram na Assembleia Legislativa, sugerindo inclusive abertura de investigações e pressão sobre secretários.
A resposta do Governo veio sob a forma de ação judicial, interpelando Ciro para que prove as suspeitas levantadas sobre a realização de contratos no estado. A representação tramita na 14ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza.
Nela, o procurador-geral do Estado, Rafael Machado Moraes, afirma que Ciro fez discurso “permeado de graves acusações que maculam, sem a devida responsabilidade, a imagem do Estado do Ceará”.
Em seguida, o defensor cobra que, no prazo de três dias, Ciro “manifeste-se sobre o tema, prestando esclarecimentos sobre as acusações graves que proferiu contra o Estado do Ceará, indicando, expressamente, com base em que provas e fatos sustenta suas alegações contrárias a todo um conjunto de agentes, servidores e colaboradores que se dedicam, no serviço público estadual, a conduzir os processos licitatórios e os contratos tão necessários ao bem do povo cearense”.
Essa queda de braço entre Ciro e Elmano/Camilo antecipa a corrida do pleito de 2024, aprofundando a crise pela qual passa o PDT e mergulhando a legenda num torvelinho do qual não tem conseguido sair desde pelo menos julho do ano de 2022, quando da escolha de Roberto Cláudio como candidato ao Governo.
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