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Dino rebate acusações sobre "dama do tráfico" e diz que há "desespero político" da oposição
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Dino rebate acusações sobre "dama do tráfico" e diz que há "desespero político" da oposição

Em coletiva nessa quinta, 16, o ministrou afirmou que "há um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo"
GOVERNADOR Elmano de Freitas e ministro Flávio Dino: anúncio de recursos (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE GOVERNADOR Elmano de Freitas e ministro Flávio Dino: anúncio de recursos

De passagem pelo Ceará, o ministro Flávio Dino (Justiça) negou ontem que tenha mantido agenda na Esplanada com Luciane Barbosa Farias, condenada por ligações com uma facção criminosa no Amazonas.

Reportagem do jornal “Estado de S. Paulo” mostrou que a mulher, casada com um líder do tráfico preso naquele estado, esteve reunida com secretários da pasta comandada por Dino em duas ocasiões neste ano.

Em coletiva nessa quinta, 16, o ministrou afirmou que “há um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo”.

De acordo com ele, não houve qualquer ilícito nesse caso, nem dele nem de seus subordinados.

“Não existe presunção de culpa, existe presunção de inocência. Nesse caso concreto foi exatamente o que aconteceu”, declarou.

“Essa suposta senhora nunca encontrou comigo”, disse, “nunca me viu, eu nunca falei com ela na vida. Como vou parar nisso? Pura luta política”.

Em seguida, Dino alegou que tem sob seu guarda-chuva dez órgãos vinculados ao MJSP, cuja agenda não teria condições de controlar.

“E alguém vai dizer: os seus secretários erraram. Eles não sabiam que essa senhora ia lá. Porque ela foi acompanhando uma ex-deputada do Psol do Rio. Mas ela era condenada. Mentira. Ela foi recebida em março, a condenação foi em outubro. Quando a gente olha essa história, não sobra rigorosamente nada”, argumentou.

Depois de lamentar o atual “estágio da luta política” no país, Dino ainda assegurou que os secretários envolvidos no episódio não praticaram qualquer ato ilegal ou beneficiaram a facção criminosa a qual a mulher é vinculada.

Finalmente, o ministro também afastou qualquer possibilidade de exonerar seus auxiliares. “Eu tenho o comando da minha equipe, eu confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria se desmoralizar não era o secretário, era eu”, encerrou.

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