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A matemática na escolha da candidatura do PT em Fortaleza
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

A matemática na escolha da candidatura do PT em Fortaleza

Embora haja cinco pré-candidatos na mesa, o número de chapas pode ser maior ou menor do que esse
 Reunião do diretório do PT define encontro como método de escolha de candidatura (Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo)
Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo Reunião do diretório do PT define encontro como método de escolha de candidatura

O PT em Fortaleza decidiu pelo encontro como modalidade de escolha de seu representante na disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2024.

Ao todo, votam 200 delegados no colegiado, indicados por uma votação que antecede essa etapa final. Nela, os filiados (cerca de 5 mil aptos a participarem na Capital) deliberam sobre os delegados, distribuídos em chapas.

Embora haja cinco pré-candidatos na mesa, o número de chapas pode ser maior ou menor do que esse. A base eleitoral de Evandro Leitão, um dos pretendentes ao Paço, tende a se espalhar por três chapas, segundo petistas que acompanham de perto esse processo.

Evitar polarização

Há dois movimentos em curso dentro do partido hoje. Um deles tenta preservar o máximo de pré-candidaturas até o encontro, previsto para 21 de abril, exatamente para evitar uma polarização entre Evandro e a deputada federal Luizianne Lins.

Outro movimento, contudo, quer enxugar mais os nomes já dispostos para fortalecer o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alece).

Além de Evandro e LL, estão na pista os deputados estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar e o assessor e ex-deputado Artur Bruno.

Desse trio, ao menos dois devem manter-se na briga até a hora de bater o martelo: Larissa e Guilherme. Bruno, conforme interlocutores, poderia abrir mão a qualquer momento de sua postulação, uma vez que “está alinhado às estratégias” do bloco “evandrista”, assegurou um correligionário.

Sem ele na parada, e com Larissa com mais dificuldades para arregimentar uma base de militantes pela cidade, o peso maior recairia sobre Guilherme, que apareceria como uma espécie de "fiel da balança".

Como a vitória no encontro se dá por maioria simples, vence aquele que conseguir avançar no convencimento principalmente em relação ao presidente do PT no município, que passa a ser figura determinante.

Do lado de Evandro, o tom da prosa é de que já há inclusive boas conversas com Guilherme e Larissa. No de LL, o entendimento é de que o jogo está aberto.

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