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Veja o que dizem os laudos sobre câmeras escondidas no apartamento de Dayany
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Veja o que dizem os laudos sobre câmeras escondidas no apartamento de Dayany

A parlamentar residiu no imóvel durante o mês de agosto de 2023, período no qual o ex-deputado federal Capitão Wagner (União), com quem é casada, esteve no local
Wagner Souza e Dayany Bittencourt (Foto: JoaoFilho Tavares)
Foto: JoaoFilho Tavares Wagner Souza e Dayany Bittencourt

A coluna teve acesso ao inquérito e aos laudos anexados à investigação conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal sobre a instalação de quatro câmeras clandestinas no apartamento onde morava, em Brasília, a deputada federal cearense Dayany Bittencourt (União Brasil-CE).

Neles, os peritos do DF informam que as câmeras instaladas no apartamento 2053 do bloco B do Golden Tulip, em Brasília, estavam localizadas no quarto, de frente para a cama; no armário, com vista para entrada do banheiro; e na sala/cozinha.

Um quarto dispositivo não pode ser identificado porque as imagens estavam escurecidas.

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A parlamentar residiu no imóvel durante o mês de agosto de 2023, período no qual o ex-deputado federal Capitão Wagner (União), com quem é casada, esteve no local.

Em despacho de 8 de abril, o delegado Bruno Dias Galvão Cavalcanti requereu urgência no processo, “tendo em vista a sensibilidade do caso, devido às pessoas envolvidas”.

No documento, o delegado questiona se “há possibilidade de um usuário ter acessado as filmagens em tempo real e guardado todas elas em outra memória que não o DVR (equipamento eletrônico), sem deixar vestígio”.

Cavalcanti também interroga se “imagens da vítima e/ou de seu esposo” poderiam ter sido “produzidas e salvas em outra memória, sem que se deixassem vestígios”.

O agente indaga ainda se “seria tecnicamente possível haver imagens da vítima em outra memória (física ou não), mesmo que a análise da seção de investigação tenha concluído que nas imagens extraídas do período de 21/08/2023 a 28/08/2023 não havia qualquer material relacionado a ela”.

Desde o ano passado, o trabalho dos agentes da Polícia Civil já identificou os suspeitos tanto de instalar as câmeras quanto de ordenar que os equipamentos fossem montados para revelar eventualmente a intimidade da deputada.

Foto do Henrique Araújo

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