Élcio balança na vice de Sarto; prefeito já discute nome ideal para o posto
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Élcio balança na vice de Sarto; prefeito já discute nome ideal para o posto
Entre aliados do prefeito, há entendimento de que a chegada de Élcio ao posto, ainda em 2020, se deu em outro contexto político
Foto: Yuri Allen/Especial para O Povo
Vice Élcio Batista e o prefeito José Sarto, do PDT
Vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista está balançando na vice de José Sarto (PDT), que vai tentar a reeleição em 2024.
Entre aliados do prefeito, há entendimento de que a chegada de Élcio ao posto, ainda em 2020, se deu em outro contexto político. Nele, governador do Estado Camilo Santana (PT) e o então prefeito Roberto Cláudio (PDT) eram aliados.
À época, Élcio, filiado ao PSB, foi uma carta lançada por Camilo como esforço para preservar uma aliança com PT e PDT.
Ligado ao dirigente Eudoro Santana, pai de Camilo, o atual vice do Paço havia desempenhado funções importantes ao longo das gestões do gestor petista e de Cid Gomes no Abolição.
Agora, porém, o quadro se alterou drasticamente. PT e PDT romperam ruidosamente em 2022, ano em que Camilo impôs dura derrota aos ex-aliados. Pressionado pelas circunstancias, Élcio permaneceu ao lado de RC e de Sarto. Hoje, o vice é uma das vozes mais eloquentes nas críticas ao ministro da Educação e ao governador Elmano.
Na campanha que se anuncia, porém, o prefeito vai precisar de nome que agregue votos, de olho também no segundo turno, mas sobretudo no primeiro.
Há pelo menos quatro candidaturas competitivas: Evandro Leitão (PT), Capitão Wagner (União), André Fernandes (PL) e o próprio Sarto. Dessas, duas fatalmente estarão fora da etapa complementar.
Nos bastidores, Sarto corteja o PP de Zezinho Albuquerque com vistas à vice, mas sem ter desistido de todo do PSD de Domingos Filho, que foi candidato a vice de RC em 2022.
De lá para cá, o ex-vice-governador de Cid deixou a base de Sarto e aderiu a Elmano no âmbito estadual, mas manteve um pé no governismo na capital cearense, deixando uma brecha para possível entendimento com o prefeito.
De acordo com observadores, o cálculo político numa disputa como a deste ano, com dois ou três nomes de peso em campo e o futuro do grupo de Ciro Gomes e Roberto Cláudio em jogo, obriga Sarto a adotar postura pragmática, redimensionando o papel da vice.
O desafio, relatam essas fontes, é garantir aporte de votos para o pré-candidato a novo mandato, mas sem perder apoio do PSDB, ou seja, de Tasso Jereissati.
O ex-senador, porém, já teria feito saber que o que interessa é a vitória do projeto político em 2024, sem apego a posições nem hipótese de imposição de nomes para cargos específicos, tais como a vice na chapa.
Antecipando essa possibilidade, o próprio Élcio fez movimento em abril, desincompatibilizando-se do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) e liberando-se para eventualmente concorrer a mandato na Câmara.
À frente do PSDB no estado, sua eleição como vereador seria uma forma de compensar a legenda pela perda da vice: em troca do posto, uma bancada mais robusta no Legislativo da Capital, inclusive com chances de alçar um tucano à presidência da casa.
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