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Cid perde briga com Domingos pela vice de Evandro
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Cid perde briga com Domingos pela vice de Evandro

Domingos Filho, dirigente estadual do PSD, levou a melhor, emplacando a filha como companheira de chapa de Evandro na corrida pelo Paço
SENADOR Cid Gomes (PSB) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS SENADOR Cid Gomes (PSB)

A escolha da deputada estadual Gabriella Aguiar (PSD) para vice de Evandro Leitão (PT) é uma derrota para o senador Cid Gomes, mas apenas em termos.

Afinal, o ex-governador não havia demonstrado tanto interesse na indicação de nome do partido para o posto. Desde abril, quando o candidato do PT foi definido, não manteve agenda com Evandro, ao menos não publicamente.

Quando questionado sobre vice, saiu-se com uma evasiva: disse que não estava acompanhando o debate.

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Nesse período, Cid intensificou compromissos partidários do PSB, mas exclusivamente no interior do estado, sem se envolver diretamente nas costuras que levaram a Evandro nem nas conversas que se seguiram sobre as cotadas para vice, entre as quais havia uma pessebista: Luísa Cela, ex-secretária de Cultura que deve retomar sua função agora.

O resultado: Domingos Filho, dirigente estadual do PSD, levou a melhor, emplacando a filha como companheira de chapa de Evandro na corrida pelo Paço.

Para Cid, o pleito de 2024 não se altera drasticamente. Pelo contrário, talvez o pessebista se considere em dia com Camilo Santana, seu pupilo e hoje principal liderança do grupo no estado. Foi dele, por exemplo, o gesto decisivo para que Evandro se viabilizasse candidato: a carta de anuência com a qual o então pedetista pode deixar a legenda e se filiar ao PT, exatamente como desejava Camilo.

Agora, o senador está liberado para traçar seus planos não somente para 2024, mas para 2026 também, quando os termos da aliança com Camilo e Elmano de Freitas podem ser revistos e atualizados.

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