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Petista nega ruptura com Cid e diz que "candidatura de Fernando é irreversível"
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Petista nega ruptura com Cid e diz que "candidatura de Fernando é irreversível"

Em seguida, o parlamentar fez elogios a Cid, que, segundo ele, "é parte desse projeto que foi construído e está conosco", acrescentando: "Não vejo esta ruptura, é questão pontual e muito localizada"
FERNANDO Santana é deputado estadual e candidato à presidência da Assembleia pelo PT (Foto: Paulo Rocha/Alece)
Foto: Paulo Rocha/Alece FERNANDO Santana é deputado estadual e candidato à presidência da Assembleia pelo PT

Deputado estadual pelo PT, Francisco de Assis Diniz negou que haja ruptura entre o senador Cid Gomes (PSB) e o governador Elmano de Freitas (PT), mas apenas “divergência” em torno de “uma questão localizada”.

“Tem uma questão pontual de um cargo, de uma função, não tem uma divergência sobre a linha de governo, o modelo de gestão. É questão divergente, e nós devemos tratá-la com a devida responsabilidade e bom-senso”, declarou à coluna.

Em seguida, o parlamentar fez elogios a Cid, que, segundo ele, “é parte desse projeto que foi construído e está conosco”, acrescentando: “Não vejo esta ruptura, é questão pontual e muito localizada”.

Embora admita que existe discordância quanto ao nome de Fernando Santana (PT) para comandar a Assembleia Legislativa com a saída de Evandro Leitão do posto, De Assis considera que “a candidatura de Fernando é irreversível”.

“Todos aqueles que falaram que votariam (em Fernando) continuam com a mesma defesa e compromisso. Não temos qualquer aceno para fragilidade, pelo contrário, a candidatura está consolidada e estamos no processo da montagem da chapa”, respondeu.

Questionado sobre o processo de escolha do deputado petista, que está na raiz do descontentamento de Cid, De Assis rebateu: “Sempre foi utilizado o mesmo mecanismo: quando tem mais de um candidato na base, quem arbitra, por prerrogativa, é o próprio governador. Esse entendimento foi utilizado com Cid, Camilo e Tasso. E foi usado mais uma vez pelo Elmano”.

Ainda conforme o parlamentar, o” entendimento é que foi uma arbitragem dele (do Elmano), mas que tinha concordância desde sempre do Evandro, do Camilo e do próprio Cid de que, se houvesse mais de uma candidatura, a prerrogativa era do governador. E assim o foi”.

Sobre a existência de outras candidaturas para a presidência da mesa-diretora da Alece, De Assis citou Osmar Baquit (PDT), Romeu Aldigueri (PDT) e Salmito Filho (PDT), “todos eles se movimentando” para ter aval de Elmano.

O governador, porém, teria sinalizado positivamente para postulação de Fernando.

No último fim de semana, porém, o senador comunicou seu rompimento com a gestão de Elmano.
A justificativa, de acordo com interlocutores de Cid, foi a concentração de poder nas mãos do PT, que detém hoje Governo, Prefeitura, Governo Federal e caminha para obter também a presidência da Alece.

Para aliados de Cid, o estopim foi precisamente a definição de Fernando como candidato para suceder Evandro, eleito prefeito de Fortaleza em 2024.

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