Ciro Gomes entra na briga pela sucessão de Elmano em 2026
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Ciro Gomes entra na briga pela sucessão de Elmano em 2026
A senha foi dada: postas de lado as diferenças, a liga dessa composição de forças adversárias ao Abolição será o antipetismo /antilulismo, que já tem até um lema de campanha: "União para salvar o Ceará"
Foto: Assessoria / Divulgação
Ciro Gomes cumprimenta deputado Alcides Fernandes, do PL, durante encontro com a oposição na Assembleia Legislativa
Embora tenha dito que apoia Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Estado ano que vem, não há dúvida de que Ciro Gomes (PDT) deixou uma porta aberta para a possibilidade de concorrer à sucessão de Elmano de Freitas (PT) no comando do Executivo.
Não é trivial que o ex-presidenciável brizolista haja escolhido exatamente este momento não apenas para sentar à mesa com a oposição ao petista, ao lado de representantes de peso do PL e do União Brasil, mas para negociar os termos concretos de uma aliança para a corrida eleitoral.
Daí a declaração explícita de chancela ao deputado estadual Alcides Fernandes (PL) ao Senado. Trata-se menos de recado ao irmão Cid Gomes (PSB), alvo de alfinetadas, do que ao deputado federal André Fernandes (PL), filho de Alcides e líder desse bloco na capital cearense.
Também não é de menor importância que o pedetista, ainda a maior figura da legenda no país, tenha dito tudo que disse depois da reunião nesta terça-feira, 6, numa coletiva de imprensa repleta de mensagens e que já é o maior gesto da oposição a Elmano até aqui.
A senha foi dada: postas de lado as diferenças, a liga dessa composição de forças adversárias ao Abolição será o antipetismo /antilulismo, que já tem até um lema de campanha: “União para salvar o Ceará”.
Ora, o fato de que houvesse ali os deputados Silvana Oliveira e Sargento Reginauro ladeando Ciro é indicativo de que ambos levam a sério essa abertura para um entendimento político com o pedetismo opositor no Ceará.
O que falta, então, para que esse grupo se coesione de fato? Apenas um movimento público e conjunto de André e de Capitão Wagner, além de Roberto Cláudio, que já vem sendo o agente mobilizador desse campo no estado.
Feito isso, restará a decisão mais complexa de definir o “cabeça” da chapa para 2026: Wagner, RC ou o próprio Ciro?
Wagner está trilhando outro rumo para si. RC se divide hoje entre postular o Governo ou uma cadeira na Câmara. Quanto a Ciro, parece disposto a aceitar a tarefa de bater de frente com o grupo liderado pelo ministro Camilo Santana (PT).
Na hipótese (hoje ainda distante) de Ciro resolver entrar na queda de braço pelo Governo, a direção nacional do PDT, a cargo de Carlos Lupi, por certo não ofereceria resistência – ao menos não depois da rasteira que o dirigente levou do Planalto e de Lula, que o atiraram aos leões sem um sinal de solidariedade manifesto.
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