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Desfiliação de Roberto Cláudio esvazia PDT no Ceará
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Desfiliação de Roberto Cláudio esvazia PDT no Ceará

O partido brizolista era o mais robusto até pelo menos 2022, quando ainda detinha número razoável de prefeituras
CIRO participou de carreata com Roberto Cláudio no encerramento da campanha em Sobral (Foto: FCO Fontenele/O POVO)
Foto: FCO Fontenele/O POVO CIRO participou de carreata com Roberto Cláudio no encerramento da campanha em Sobral

O anúncio de desfiliação de Roberto Cláudio do PDT consolidou o processo de esvaziamento do partido no Ceará, deflagrado pela debandada do grupo do senador Cid Gomes.

Antes ainda, o prefeito de Fortaleza Evandro Leitão, à época no PDT, já tinha aberto a porteira de desfalques, que se completa agora.

O partido brizolista era o mais robusto até pelo menos 2022, quando ainda detinha número razoável de prefeituras.

O quadro começou a se alterar depois do racha entre PDT e PT, em julho daquele ano, no episódio que selou desentendimento entre os grupos de Camilo Santana e Roberto Cláudio e Ciro Gomes.

Entre 2022 e 2024, Evandro e Cid se acomodaram em outros endereços: um no PT e outro no PSB.

Principal destino dos pedetistas, a legenda socialista acabaria inchando. Hoje, é um dos maiores partidos do estado, condição que deve se confirmar após as eleições do ano que vem.

O PDT passa agora por uma erosão que se abateu noutro tempo também sobre Pros e o próprio PSB, agremiações nas quais o bloco de Cid e Ciro fixou morada, nem que fosse provisória.

A saída de RC encerra finalmente o ciclo de migrações que se seguiu ao cisma de 2022.

Foto do Henrique Araújo

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