Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Como a coluna mostrou ontem, Guimarães vinha dizendo a um e outro que lhe perguntasse que não deve abrir mão do que considera como prerrogativa para concorrer ao Senado
Foto: Divulgação: Ascom/José Guimarães
Evandro Leitão, Camilo Santana, Elmano de Freitas e José Guimarães
A queda de braço pelas vagas para o Senado na chapa governista tem colocado o deputado José Guimarães (PT) e o ex-governador Cid Gomes (PSB) em rota de colisão.
Essa tensão obrigou o ministro Camilo Santana a entrar em campo para tentar evitar um racha na base de Elmano de Freitas, que vai para reeleição ano que vem.
Com uma das duas cadeiras praticamente certa para o deputado federal Eunício Oliveira (MDB), cuja suplência ficaria com Chiquinho Feitosa (Republicanos), a corrida pela segunda vaga começou a se acirrar.
Como a coluna mostrou ontem, Guimarães vinha dizendo a um e outro que lhe perguntasse que não deve abrir mão do que considera como prerrogativa para concorrer ao Senado.
Cid, por outro lado, postula que o PT não pode deter tanto a cabeça da chapa, com Elmano, e mais um assento na majoritária, como declarou em entrevista ao correspondente do O POVO em Brasília, João Paulo Biage.
Não é, contudo, a primeira vez que Cid e Guimarães se bicam. Mesmo sem se dirigirem diretamente um ao outro, as duas lideranças emitem recados públicos sobre a formação da chapa desde o ano passado.
À coluna, Guimarães já chegara a assinalar que sua eleição como senador seria uma prioridade do PT nacional e do governo Lula.
Noutra frente, Cid tenta emplacar o também deputado federal Júnior Mano (ex-PL e hoje no PSB) como candidato à Câmara Alta.
Dentro do governo Elmano, há entendimento de que de fato o PT não deve preencher duas posições de revelo na chapa. Se essa linha se mantiver, Guimarães pode ser rifado pelo “camilismo”.
Um interlocutor informou que o titular do MEC tem se valido de conversas no Planalto, inclusive com Lula, para dissuadir Guimarães de entrar na briga pelo Senado, uma vez que a cadeira seria um capital importante para tentar atrair outras legendas.
Até agora, porém, não se sabe se essa operação conduzida por Camilo tem surtido efeito, a julgar pelas reações do deputado federal petista.
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