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Roberto Cláudio reage a ação de Camilo para atrair União Brasil
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Roberto Cláudio reage a ação de Camilo para atrair União Brasil

Pelo regimento interno da nova força política, a qual RC oficializa filiação no mês que vem, qualquer tratativa formal de composição só poderá ser conduzida pela direção nacional
Ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio

O ex-prefeito Roberto Cláudio reagiu a uma articulação do ministro Camilo Santana (Educação) para atrair o União Brasil para a base do governador Elmano de Freitas (PT).

Em vias de se filiar ao UB, o ex-pedetista atuou para que a decisão de definir alianças eleitorais no âmbito estadual fosse competência exclusiva da executiva nacional da federação entre União e PP, que deve ser formalizada em julho próximo.

Pelo regimento interno da nova força política, a qual RC oficializa filiação no mês que vem, qualquer tratativa formal de composição só poderá ser conduzida pela direção nacional.

A medida se presta a evitar que arranjos locais se sobreponham à prioridade da União Progressista em 2026, que é apresentar candidaturas de oposição ao presidente Lula e ao PT no plano federal e nos estados.

No Ceará, o PP é parte da aliança que dá sustentação ao governo de Elmano. Já o União, embora abrigue lideranças de oposição, também oferece guarida a parlamentares alinhados com o governismo, como Fernanda Pessoa.

De olho nessas brechas, o bloco comandado por Camilo tinha começado a tentar minar a candidatura de RC desde agora, como a coluna informara.

Como parte desses movimentos, havia uma interlocução com o grupo do prefeito Roberto Pessoa, de Maracanaú, que tem grande ascendência sobre o partido – Capitão Wagner, por exemplo, foi secretário de Saúde no município.

O Abolição também vinha mantendo conversas com o deputado federal Moses Rodrigues e seu pai, o prefeito de Sobral Oscar Rodrigues, de modo a estabelecer uma divergência na legenda, criando embaraços para RC.

Para fontes próximas do ex-prefeito, no entanto, essa estratégia não deve produzir os resultados esperados pelo governo, que se movia ainda do lado do PP, tendo como aliado o deputado federal AJ Albuquerque, presidente do partido no estado.

Essa tática, como indicou a coluna, repete postura da base camilista nas eleições de 2022, quando o bloco petista conseguiu atrapalhar as articulações que RC levava adiante com o PSDB – inicialmente, os tucanos ocupariam a vice na chapa, mas uma manobra conduzida por Chiquinho Feitosa frustrou esses planos.

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