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Chagas diz ter "preocupação zero" com Ciro e que aliança com a oposição é "blefe"
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Chagas diz ter "preocupação zero" com Ciro e que aliança com a oposição é "blefe"

À coluna, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, já tinha afirmado que a filiação de Ciro à legenda está bem encaminhada
CHAGAS Vieira, titular da Casa Civil do Governo do Estado (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES CHAGAS Vieira, titular da Casa Civil do Governo do Estado

O secretário-chefe da Civil do Estado, Chagas Vieira, admitiu que sua “preocupação com essa história de Ciro é zero”.

Para ele, a possível composição do ex-presidenciável com o bloco anti-PT de olho na briga pelo Governo do Estado no ano que vem é “blefe para tentar manter a aparência de um movimento de oposição forte”.

“A meu ver”, continuou Chagas, “a direita e a extrema-direita do Ceará se apegam a ele (Ciro) e vice-versa, neste momento, por absoluta falta de opção e por sobrevivência política, simplesmente pela conveniência do momento”.

À coluna, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, já tinha afirmado que a filiação de Ciro à legenda está bem encaminhada e que a decisão de concorrer ao Abolição em 2026 caberá apenas ao ex-ministro.

Ainda no PDT, Ciro está de malas prontas para deixar o trabalhismo. Sua intenção é assegurar espaço para eventualmente se apresentar como postulante, seja ao Executivo estadual ou à Presidência.

Nos cálculos de lideranças da oposição local, Ciro poderia encabeçar um bloco que aglutinaria siglas como União Brasil, PL, Novo e o próprio PSDB.

Sobre essa possibilidade de um campo adversário coeso, Chagas respondeu: “No fundo, penso que André (Fernandes, dirigente do PL), que hoje é o principal nome da oposição no Ceará, não entregará jamais seu posto de mão beijada para Ciro e Roberto Cláudio. A troco de quê? Os dois pouco acrescentam para ele. E ele não é bobo, sabe fazer contas”.

Conforme essa tese, Fernandes correria um risco caso apoiasse Ciro, qual seja, o de transferir capital para um nome de outra agremiação, com trajetória consolidada e potencial para ocupar o papel de liderança opositora no Ceará – hoje a cargo do deputado federal.

De fato, as conversas entre Ciro e Fernandes já estiveram mais azeitadas. Cerca de três semanas atrás, o parlamentar declarou publicamente que o PL teria candidato e que não apoiaria nem Ciro nem RC para o Governo.

A manifestação tumultuou o grupo, que busca viabilizar uma chapa única para enfrentar Elmano de Freitas nas urnas na próxima corrida eleitoral.

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