Pesquisas testam cenários com Ciro e Chagas para 2026
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Pesquisas testam cenários com Ciro e Chagas para 2026
Chagas Vieira (sem partido) e Ciro Gomes (PDT) aparecem em pesquisas de intenção de voto. O chefe da Casa Civil para o Senado Federal e o ex-presidenciável para o Governo do Estado
Foto: AURÉLIO ALVES
Secretário da Casa Civil, Chagas Vieira
Uma leva de pesquisas de intenção de voto foi às ruas do Ceará nas três últimas semanas, com foco em Fortaleza. A esta altura, no entanto, interessam menos os números, de resto produzidos para consumo interno, e mais os nomes submetidos ao crivo do eleitorado local. Ou seja, o potencial de crescimento de cada um, o grau de conhecimento, a margem para agregar capitais de "padrinhos" etc. É assim que Chagas Vieira (sem partido) e Ciro Gomes (PDT) aparecem nessas sondagens, o chefe da Casa Civil para o Senado Federal e o ex-presidenciável para o Governo do Estado. O que importa nesse acompanhamento de institutos diversos é a progressão a cada nova rodada. Como vem ocupando mais espaços, é natural que Chagas, por exemplo, apresente evolução em relação ao cenário de pouco mais de um ano atrás, quando retornou ao Abolição com a missão de ajudar a melhorar a imagem do governador Elmano de Freitas (PT). Entre opções para senador, contudo, a base do Executivo experimenta alternativas, tais como Eunício Oliveira (MDB), José Guimarães (PT), Chiquinho Feitosa (Republicanos), Moses Rodrigues (União Brasil) e Cid Gomes (PSB).
Ciro na cédula
Também é razoável que o arco governista tenha passado a testar o nome de Ciro com mais frequência, identificando regiões e perfis do eleitorado nos quais o ex-ministro e ex-governador eventualmente teria mais chances de ampliar sua votação na hipótese de se confirmar como postulante ao Executivo. Sua inclusão no rol de cotados ao Governo denota ainda que uma virtual candidatura de Ciro não é tratada como blefe dentro do Abolição. Pelo contrário, assume ares de projeto verossímil, a depender do desenho do quadro político do ano que vem (sem um dos Bolsonaro na corrida pelo Planalto e com Tarcísio de Freitas na cabeça). Embora haja muito chão até 2026, não custa nada antecipar esses futuros.
Mano quer esposa na Câmara
O deputado federal Júnior Mano (PSB) não apenas permanece ativo nas articulações para concorrer ao Senado, como deu início a uma ofensiva para apresentar a esposa, a prefeita Giordanna Mano (Nova Russas), a uma das cadeiras da Câmara. A intenção é fazê-la parlamentar de olho nos seus votos, por um lado, e na possibilidade de não se viabilizar como senador, por outro. Não é estratégia propriamente nova, aliás. Veja-se a proeminência que a primeira-dama da Assembleia Legislativa tem assumido, com o presidente Romeu Aldigueri (PSB) às voltas com voos mais ambiciosos, mas certo de que precisa reter o assento na Alece a partir de 26. Outras lideranças cearenses se regem pela mesma cartilha, ora ungindo companheiras, ora filhos, irmãos, pais, primos - sempre mais qualificados para a função pública.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
CID Gomes: no tabuleiro político, vem se mantendo no campo vitorioso
O lado de Cid
A quem lhe pergunte, o senador Cid Gomes costuma dizer que "sempre esteve do mesmo lado". A história lhe dá razão. Entre 1990 e 1991, integrou a gestão de Tasso Jereissati (PSDB). Elegeu-se, então, deputado estadual. No segundo mandato legislativo, presidiu a Assembleia - tinha apenas 32 anos. Em 1996, foi alçado a prefeito de Sobral, sendo reconduzido em 2000 sem dificuldades. Seguiu-se o hiato de 2005/2006, ao fim do qual retornou de temporada de estudo nos EUA para derrotar Lúcio Alcântara (já abandonado pelo PSDB), cuja administração seu grupo compusera. À frente do Governo do Estado, estabeleceu uma série de êxitos eleitorais, que culminaram com a consagração de Roberto Cláudio para a Prefeitura de Fortaleza e de Camilo Santana para o Abolição. Entre 2022 e 2025, período durante o qual o PT rompeu com o PDT, RC foi derrotado nas urnas e Elmano de Freitas se tornou sucessor de Camilo. O que Cid fez? Reacomodou-se no tabuleiro político, mantendo-se no campo vitorioso.
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