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Chagas desafia Ciro a ser candidato ao Governo: "arrogante e incoerente"
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Chagas desafia Ciro a ser candidato ao Governo: "arrogante e incoerente"

O chefe da Casa Civil lembrou ainda que, até outro dia, quando PT e PDT não haviam rompido, Ciro "dizia que Camilo era a maior liderança do estado"
Chagas Vieira, chefe da Casa Civil, durante participação no programa "Jogo Político" (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Chagas Vieira, chefe da Casa Civil, durante participação no programa "Jogo Político"

Titular da Casa Civil do governador Elmano de Freitas (PT), Chagas Vieira disse à coluna que “gostaria muito de ver Ciro Gomes candidato da oposição no Ceará, com toda sua arrogância e incoerência”.

“Como a sua palavra perdeu valor, Ciro vive de esculhambar as pessoas pra chamar a atenção”, declarou o secretário, acrescentando que “a verdade é que ninguém acredita mais no que ele diz, nem de um lado, nem de outro”.

O ex-presidenciável, que está cotado para concorrer ao Abolição em 2026, filia-se ao PSDB nesta quarta-feira, 22, a partir das 9 horas, sob a batuta do ex-senador Tasso Jereissati e de olho na possibilidade de postular o Executivo estadual pelo tucanato depois de uma longa temporada no PDT.

Chagas, no entanto, minimiza o cenário no qual Ciro seja um dos adversários de Elmano na briga pela sucessão.

“Suas falas e atitudes, inclusive recentes, não se apagam. Estão vivas com um simples Google. Alguém que chamava Bolsonaro e os filhos de ladrões e que hoje silencia para agradar André Fernandes e os bolsonaristas, e até elogiando, implorando pelo apoio deles”, criticou.

O chefe da Casa Civil lembrou ainda que, até outro dia, quando PT e PDT não haviam rompido, Ciro “dizia que Camilo era a maior liderança do estado e, de repente, passou a atacá-lo de forma covarde, só porque não se curvou às vontades dele”.

Essa foi a primeira investida mais dura de Chagas contra Ciro desde que o agora ex-pedetista anunciou que deixaria a legenda para ingressar no partido social-democrata.

Comunicada na sexta-feira, 17, a saída do PDT demarca nova etapa na trajetória do ex-ministro e ex-governador, em quem o grupo de oposição ao PT no estado projeta um nome de força para enfrentar Elmano e o ministro Camilo Santana no pleito do ano que vem.

Até antes da entrada em cena de Ciro, o quadro mais cotado para disputar o Governo era o ex-prefeito Roberto Cláudio, que agora aparece como alternativa para deputado federal ou mesmo para o Senado.

No ato desta quarta, Ciro deve fornecer indicativos dos caminhos que pode seguir em 2026, entre os quais o de ser candidato ao Governo.

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