Logo O POVO+
Evandro sinaliza aumento da passagem de ônibus
Comentar
Foto de Henrique Araújo
clique para exibir bio do colunista

Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Evandro sinaliza aumento da passagem de ônibus

O prefeito disse que há defasagem no preço da passagem após três anos sem reajuste
Tipo Opinião
Comentar
PREFEITO Evandro Leitão (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO PREFEITO Evandro Leitão

Em conversa com a coluna, o prefeito Evandro Leitão (PT) admitiu que "existe, sim, a perspectiva" de reajuste da tarifa de ônibus em Fortaleza, cujo anúncio poderá ser feito até o início de dezembro. "Tem três anos que não tem aumento da passagem: 2023, 2024 e 2025 não tiveram. Estamos com o ano findado. O último aumento foi em 2022, quando o então prefeito (José Sarto) reajustou. E agora em 2025 não aumentei", disse o petista, acrescentando que "existe a possibilidade, isso é fato, não vou negar para você, até porque tem essa defasagem". Evandro contou que trabalha, contudo, para reduzir o impacto financeiro da elevação no preço do coletivo. "Estamos discutindo números para que a gente possa de alguma forma amenizar esse reajuste para a população", continuou. Segundo o prefeito, ainda não há valor de majoração estipulado nas negociações: "Estamos discutindo". A previsão é de que o mandatário se sente à mesa com representantes do Sindiônibus nesta semana.

Chiquinho é "parça"

Na mesma entrevista, Evandro também negou que o empresário e dirigente partidário Chiquinho Feitosa, à frente do Republicanos no Ceará, tenha criado qualquer dificuldade quando do episódio que opôs a Prefeitura de Fortaleza e o Sindiônibus. À época, a entidade patronal decidiu pelo recolhimento de parte da frota e pela extinção de linhas disponíveis para os usuários do sistema de transporte da capital. O episódio estressou as tratativas entre Executivo e sindicato. "Chiquinho foi extremamente decente", declarou Evandro, enfatizando que mantém ótima relação com o aliado – o presidente estadual do Republicanos é cotado para uma das duas vagas ao Senado em 2026, mas seu nome vem sendo preterido (mesmo para a suplência) desde que o PT passou a defender a candidatura de José Guimarães e o senador Cid Gomes (PSB) fez saber que não abre mão de uma cadeira para o deputado federal Júnior Mano, também pessebista.

Oposição na mira

Há expectativa de que a análise da ação que tramita no TRE-CE contra o prefeito de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), seja retomada amanhã, 14, com a manifestação da desembargadora Maria Iraneide Moura Silva. Presidente da corte, ela pediu vista do processo na última terça-feira, 11, suspendendo a votação, cujo placar já era de 3 votos a 2 pela cassação da chapa encabeçada pelo tucano. O voto da magistrada é decisivo, então, para cassar ou assegurar a permanência do chefe do município do interior do Ceará. No mesmo dia, o TRE-CE também discute o futuro de outro representante da oposição no estado, Glêdson Bezerra (Podemos), que comanda a Prefeitura de Juazeiro do Norte e está na alça de mira de um pedido de perda do mandato. Caso essas medidas resultem em revés para ambos, o bloco anti-PT terá uma derrota significativa às vésperas de um ano eleitoral, mesmo que caiba recurso ao TSE, que poderia reverter o entendimento do Judiciário local. Em Iguatu, por exemplo, um novo pleito favoreceria o ex-candidato Ilo Neto (filho do deputado Agenor Neto), que postulou o Executivo em 2024 pelo PT, mas foi superado pelo concorrente do PSDB.

Incômodo no TJ-CE

Membros do pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) têm expressado um incômodo na esteira do julgamento do prefeito de Iguatu pelo TRE-CE por abuso de poder político. Entre os desembargadores, há receio de que possíveis movimentações de grupos políticos interessados no resultado acabem por comprometer a lisura dos processos, capturando a autonomia dos julgadores para a arbitrar as questões de natureza eleitoral e/ou jurídica, como é o caso em vista.

Foto do Henrique Araújo

Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?