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Michelle vence queda de braço com André Fernandes
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Michelle vence queda de braço com André Fernandes

A decisão do PL nacional – seja de suspender as tratativas com Ciro, seja de barrá-las totalmente – acaba por reconhecer o mérito dos ataques de Michelle a Fernandes no domingo, 30
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André Fernandes e Michelle Bolsonaro se encontraram nesta terça-feira, 2, antes da reunião do partido e esclareceram questões relacionadas às críticas da ex-primeira-dama em evento no Ceará no último domingo (Foto: Reprodução/Instagram @michellebolsonaro)
Foto: Reprodução/Instagram @michellebolsonaro André Fernandes e Michelle Bolsonaro se encontraram nesta terça-feira, 2, antes da reunião do partido e esclareceram questões relacionadas às críticas da ex-primeira-dama em evento no Ceará no último domingo

Embora tenha sido alvo de uma bateria de críticas nos dias que se seguiram ao evento de lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão no Ceará, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se impôs ao deputado federal André Fernandes (PL), principal fiador de uma aliança com Ciro Gomes no estado.

A decisão do PL nacional – seja de suspender as tratativas com Ciro, seja de barrá-las totalmente – acaba por reconhecer o mérito dos ataques de Michelle a Fernandes no domingo, 30.

Do entrevero, então, a dirigente do PL mulher sai fortalecida. Se mais cotada ou menos para concorrer eventualmente à Presidência em 2026, não se sabe.

Fernandes, por sua vez, precisou fazer o que não se imaginou que faria: recuar das negociações com o PSDB.

Não é vergonhoso ponderar movimentações, claro, mas o deputado cearense foi forçosamente levado a reconsiderar a composição com Ciro, um caminho tático para o ano que vem que parecia consolidado no radar da oposição.

O PL local, que havia convertido Ciro no seu plano A muito rapidamente, agora tem de lidar com essa realidade: a prisão de Jair Bolsonaro abriu vácuo que Michelle passa a ocupar. Se o novo cenário vai dar numa espécie de “michellismo”, são outros quinhentos.

Isso significa que as articulações em andamento terão de ser revistas e os termos de acordos apalavrados, repensados. Vale para o Ceará ou Santa Catarina.

Para a oposição ao governador Elmano de Freitas, dispensável dizer que o saldo é negativo. Houve confusão em escala desnecessária, exposição gratuita e “fogo amigo” trocado pelas redes. Nada disso ajuda na costura do palanque único.

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