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Elmano prepara reforma no governo
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Elmano prepara reforma no governo

Pelo menos 13 nomes devem sais para concorrer em 2026. Na Prefeitura, a tendência é de que o prefeito Evandro Leitão (PT) também promova alterações na gestão
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Governador Elmano de Freitas e prefeito Evandro Leitão (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Governador Elmano de Freitas e prefeito Evandro Leitão

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O governador Elmano de Freitas (PT) prepara reforma na administração a pouco menos de um ano da eleição e a quatro meses do prazo para desincompatibilização. Entre dezembro deste ano e março de 2026, devem deixar o primeiro escalão da gestão ao menos 13 nomes, entre os quais titulares de pastas, a exemplo de Domingos Filho (Desenvolvimento Econômico), Moisés Braz (Desenvolvimento Agrário), Luísa Cela (Cultura), Chagas Vieira (Casa Civil), Lia Gomes (Mulheres), Vladyson Viana (Trabalho), Fernando Santana (Recursos Hídricos) e Eduardo Bismarck (Turismo).

Do grupo, uma parte é cotada para postular mandato na Câmara dos Deputados, tais como Bismarck e Santana, enquanto outra pode ficar à disposição para desempenhar funções ainda não definidas na chapa governista - é a situação de Chagas.

A eles se soma a vice Jade Romero (MDB), que se afastará do comando da Proteção Social (é sondada para deputada federal), mas seguirá no Executivo - sem, contudo, poder assumir os trabalhos do governo, sob pena de se inviabilizar eleitoralmente, conforme a legislação. Dentro do Abolição, a intenção era antecipar a saída dos chefes já para este mês ou janeiro, mas, após análise, os secretários tendem a continuar nas suas cadeiras até depois do período do carnaval.

Câmara e Assembleia

Uma parcela significativa da linha de frente do time de Elmano projeta postular vaga no Legislativo para um primeiro mandato ou renovar a sua permanência no parlamento por mais quatro anos, como é o caso de Zezinho Albuquerque (PP). Hoje capitaneando a Secretaria de Cidades, o deputado estadual reassume cadeira na Alece para concorrer em outubro.

Outro quadro cotado para tentar assento de deputado estadual é o comandante da Proteção Animal, Erich Douglas, eleito vereador em Fortaleza em 2024. Gestora da Cultura no governo de Elmano, a secretária Luísa Cela, recém-filiada ao PT, pavimenta caminho para disputar espaço na Alece ou na Câmara Federal, ainda não se sabe.

Integrante do Psol, Adelita Monteiro (Juventude) tem chances de entrar na corrida por lugar no Legislativo cearense, assim como Vladyson Viana (Trabalho) e Oriel Nunes Filho (Pesca e Aquicultura).

Evandro mexe

A tendência é de que o prefeito Evandro Leitão (PT) também promova alterações na gestão da capital cearense nesse intervalo (entre dezembro e março próximo). À coluna, um aliado informou que os chefes do Paço e do Abolição podem anunciar seus pacotes de mudanças ao mesmo tempo.

Da administração municipal, são esperadas exonerações sobretudo de gestores de Regionais que consideram brigar por vaga na Assembleia Legislativa.

Tanto no Governo do Estado quanto na Prefeitura de Fortaleza, o desafio é não apenas assegurar a continuidade de ações e projetos, mas otimizá-los, tudo isso em meio a redefinições na estrutura das pastas, algumas das quais vitais para a operação política de Evandro e Elmano, que vai para a corrida por reeleição.

Camilo nos ares

O ministro Camilo Santana (Educação) cumpre novamente agenda em terras cearenses numa sexta-feira. Amanhã, 12/12, o compromisso do petista é a inauguração de uma escola de ensino fundamental no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, evento do qual também participa o governador Elmano de Freitas.

É de praxe entre chefes de pastas na Esplanada o expediente mediante o qual acabam por se servir de voos oficiais para visitarem suas bases eleitorais, prolongando sua estadia nas cidades onde residem, normalmente nos fins de semana. Não se trata de ilegalidade - tampouco de prática exemplarmente republicana, digamos assim. De todo modo, não deve ser o caso do titular do MEC.

 

Foto do Henrique Araújo

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