Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Foto: FÁBIO LIMA
Ex-presidenciável Ciro Gomes, do PSDB
Uma ala da oposição no Ceará entrou em campo para tentar filiar o ex-presidenciável Ciro Gomes ao União Brasil com vistas às eleições do ano que vem.
Hoje no PSDB, o tucano é cotado para o Governo do Estado na corrida de 2026.
Essa articulação opera diretamente na ponte aérea Fortaleza / Brasília, em interlocução com as cúpulas do UB e do PP, que devem se federar para os próximos pleitos.
À coluna, uma fonte admitiu a tratativa, ainda no plano da sondagem e sem sinalizações (nem positivas nem negativas) de Ciro.
A intenção do movimento, segundo relato, é impedir os esforços do grupo do ministro Camilo Santana (Educação) e do governador Elmano de Freitas (PT) para atrair a federação para a base nas eleições de outubro.
A ida de Ciro para o UB, caso se firmasse, teria peso para assegurar que a megaestrutura partidária permaneceria no campo dos oposicionistas, ou seja, a direção nacional tanto de UB quanto de PP não liberaria os seus diretórios locais para aderirem à reeleição de Elmano – não tão facilmente, pelo menos.
Também em conversa com a coluna, uma fonte informou que a principal estratégia do Abolição neste momento é desencorajar a entrada de Ciro reduzindo os seus espaços na briga pelo Governo – leia-se, abocanhando aliados, entre os quais prefeitos do União Brasil, a exemplo do de Sobral e do de Maracanaú.
Com uma parcela expressiva do UB tendendo para o governismo e o PL dividido no estado, o entendimento é de que o ex-ministro não arriscaria se apresentar como concorrente ao Executivo estadual num cenário de fragmentação das forças anti-PT.
A coluna apurou que Ciro teria sido procurado pessoalmente para avaliar a situação, mas evitou emitir qualquer juízo antes de uma conversa com o ex-senador Tasso Jereissati, do PSDB.
Dentro da federação, essa hipótese de filiação de Ciro ao UB para postular o Governo acabou travando as definições sobre o comando do bloco no Ceará, que devem ficar apenas para o ano que vem – a previsão era de que se encerassem em dezembro.
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