Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Foto: FERNANDA BARROS
Governador Elmano de Freitas, do PT, é candidato à reeleição
O governador Elmano de Freitas (PT) cumpriu agenda em Sobral nesta segunda, 22, ao lado do prefeito Oscar Rodrigues e do deputado federal Moses Rodrigues, ambos do União Brasil.
Oficialmente, a cerimônia conduzida pelo chefe do Abolição selou a doação de armamento para a guarda municipal da gestão sobralense, hoje sob comando do grupo familiar rival aos Ferreira Gomes.
Daí a natural ausência tanto de Cid quanto de seus irmãos também pessebistas Lia, que é secretária estadual, e Ivo, ex-prefeito da cidade – a sucessora escolhida como postulante em 2024, Izolda Cela (PSB), foi derrotada por Oscar.
Dando-se em campo minado, então, essa articulação política de Elmano tenta neutralizar o União Brasil no Ceará ante a possibilidade de a legenda, federada ao PP, apoiar candidatura de oposição em 2026, seja a de Roberto Cláudio, que deixou o PDT para ingressar no UB, seja a de Ciro Gomes, recém-saído do trabalhismo e agora dirigente do PSDB no estado.
Para tanto, o governismo jogou uma isca para fisgar as duas principais lideranças do União à frente de prefeituras cearenses: além de Oscar, o prefeito Roberto Pessoa, de Maracanaú.
Já no âmbito nacional, o plano para atrair o UB passa pela costura da chapa para o Senado, com chances de uma das vagas disponíveis cair no colo de Moses, que é filho de Oscar.
Na prática, contudo, Elmano acaba “armando” os oponentes de Cid e dos Ferreira Gomes em Sobral, que podem sair ainda mais fortalecidos da montagem do bloco para o ano que vem na hipótese de Moses realmente disputar cadeira de senador, numa briga direta com o ex-governador por espaço.
Nesse cenário, as chances de que haja um tiroteio na campanha de reeleição do governador, com Cid/Lia/Ivo e Oscar/Moses tendo de dividir o mesmo palanque, são relativamente grandes.
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