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"Temos que ter responsabilidade fiscal", diz chefe da Casa Civil sobre reajuste de PMs
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Temos que ter responsabilidade fiscal", diz chefe da Casa Civil sobre reajuste de PMs

Governo reuniu deputados da base para apresentar proposta de reajuste salarial dos policiais militares e bombeiros no Ceará. Medida chega à Assembleia ainda em fevereiro
Tipo Notícia
 Governador reuniu base aliada no Palácio da Abolição para discutir reajuste salarial de policiais e bombeiros  (Foto: Carlos Gibaja)
Foto: Carlos Gibaja Governador reuniu base aliada no Palácio da Abolição para discutir reajuste salarial de policiais e bombeiros

Em reunião com deputados da base de apoio no Palácio da Abolição, o governador Camilo Santana (PT) apresentou na noite desta terça-feira (4) a proposta de reajuste salarial dos profissionais de segurança do Estado. A medida, que eleva ganhos escalonados até 2022 e está sendo finalizada, deve chegar à Assembleia Legislativa (AL-CE) ainda no mês de fevereiro.

Ao final do encontro, que agrupou 30 parlamentares governistas, o secretário da Casa Civil, Élcio Batista, disse que, “enquanto alguns estados não conseguem pagar folha em dia, o Ceará é exemplo de boa governança na área de gestão fiscal”. Para ele, o governador está buscando “respeitar essa premissa”.

No total, o impacto estimado do reajuste é de R$ 440 milhões até 2022. Nesse período, o salário de um coronel, por exemplo, passará dos atuais R$ 15.300,08 para R$ 20.196,11 – um aumento efetivo de 32%. No mesmo intervalo, os ganhos de um soldado sairão de R$ 3.475,74 para R$ 4.206,23 (21,02%).

Líder do Governo na AL, o deputado Júlio César Filho (Cidadania) reforçou tese de segurança fiscal. “O Ceará não é uma ilha. Não existe estado dando melhorias salariais para o servidor público”, argumentou. Segundo ele, o Abolição “está concedendo (reajuste) na medida do possível, deixando claro que, de 2015 a 2019, o incremento com gasto de pessoal (agentes de segurança) foi de R$ 1 bilhão”.

Júlio César admite, porém, que os percentuais mostrados pelo Estado causaram incômodo. “Obviamente a proposta apresentada não agradou a maioria”, declarou, “mas foi dentro daquilo ser possível e ser principalmente honrado”.

Questionado se há margem para alterar a proposta, de modo a aumentar valores de praças, que estão insatisfeitos com a medida, o líder não descartou a inclusão de emendas de colegas de Legislativo. “Onde couber contribuição de deputados através de emendas, em comissão ou plenário, vamos analisar e, dentro do limite para não distorcer (a proposta), veremos a possibilidade de aproveitar qualquer emenda”, afirmou.

Élcio Batista acrescentou: “Estamos abertos ao diálogo. Foi assim que a proposta foi construída. Nenhum estado tem condições de fazer valorização profissional em nenhuma área. O que estamos fazendo é uma expressão de valorização da segurança pública”.

Participaram do encontro com o governador os deputados José Sarto, presidente da Assembleia; Fernando Santana, Júlio César (líder do Governo), Aderlânia Noronha, Patrícia Aguiar, Erika Amorim, Queiroz Filho, Augusta Brito, Guilherme Landim, Sérgio Aguiar, Moisés Braz, Apóstolo Luiz Henrique, dra. Silvana, Agenor Neto, Walter Cavalcante, Salmito Filho, Evandro Leitão, Osmar Baquit, Bruno Pedrosa, Bruno Gonçalves, Audic Mota, Tin Gomes, Lucílvio Girão, Elmano de Freitas, Nezinho Farias, David de Raimundão, Nizo Costa, Romeu Aldigueri, Jeová Mora e Acrísio Sena.

Colaborou Filipe Pereira 

Foto do Henrique Araújo

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