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"Lideranças têm que ter bom-senso", diz Wagner sobre militares
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Lideranças têm que ter bom-senso", diz Wagner sobre militares

Deputado federal parabenizou militares por avanço nas negociações com o governador Camilo Santana, que determinou criação de uma comissão para rediscutir pontos da proposta
Tipo Notícia
Capitão Wagner entre Vaidon e Cabo Sabino.  Evento para oficializar o apoio do Avante ao capitão Wagner na Assembléia Legislativa. (Foto: Júlio Caesar/O POVO) (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Capitão Wagner entre Vaidon e Cabo Sabino. Evento para oficializar o apoio do Avante ao capitão Wagner na Assembléia Legislativa. (Foto: Júlio Caesar/O POVO)

Deputado federal, Capitão Wagner (Pros) reconheceu nesta quinta-feira, 6, que o Governo do Estado fez sinalização importante para mudanças no projeto de reestruturação dos salários dos militares, apresentado semana passada. “De fato, foi um aceno por parte do Governo”, declarou o parlamentar, que gravou vídeo de apoio aos policiais e bombeiros no Aeroporto de Brasília, antes de voo para Fortaleza.

Segundo o deputado do Pros, contudo, “as lideranças têm que ter bom-senso” neste momento. “A negociação de hoje à tarde trouxe um avanço”, continuou Wagner, referindo-se ao encontro entre Camilo Santana (PT) e representantes das entidades militares e que resultou na formação de uma comissão para tratar da proposta de aumento. “Em vez de receber em quatro parcelas, vocês vão receber provavelmente em três. Isso já é uma vitória.” 

Integrantes da comitiva recebida pelo governador no Palácio da Abolição no começo da tarde desta quinta, os deputados estaduais Soldado Noélio (Pros) e Delegado Cavalcante (PSL) apresentaram os principais pontos da conversa aos policiais e familiares, que permaneciam no entorno da Assembleia Legislativa desde a manhã. Houve resistência, mas a proposta de formação de uma comissão foi acolhida e o calendário, acatado. O grupo se reúne na segunda-feira, 10, a partir das 14 horas, no gabinete do deputado Júlio César Filho (Cidadania).

Essa comissão irá discutir eventuais mudanças em pontos específicos da proposta de reajuste, tais como o número de parcelas dos pagamentos, que pode ser reduzido de quatro para três; o valor da parcela inicial, prevista para março deste ano; o reajuste a ser pago na mudança de patente dos policiais e bombeiros; e o valor da remuneração variável (metas, horas extras e gratificações).

De acordo com o Abolição, o impacto estimado do aumento é de R$ 440 milhões até 2022, divididos em parcelas a partir de março deste ano, quando os vencimentos já seriam ajustados. Nesse período, o salário de um coronel, por exemplo, passaria dos atuais R$ 15.300,08 para R$ 20.196,11 — acréscimo de 32%.

No mesmo intervalo, conforme os cálculos do Governo, os ganhos de um soldado sairiam de R$ 3.475,74 para R$ 4.206,23 (21,02%). Os menores percentuais de crescimento salarial são de 1º e 2º sargento, fixados em 10%, e de subtenente, com 11%.

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