Logo O POVO+
Comandos recomendam que PMs e bombeiros não participem de ato e alertam para risco de motim
Foto de Henrique Araújo
clique para exibir bio do colunista

Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Comandos recomendam que PMs e bombeiros não participem de ato e alertam para risco de motim

Decisão atende a pedido do MPE, que recomenda que os comandos de PM e Bombeiros publiquem imediatamente "expressa determinação sobre o dever de não comparecimento em qualquer destes atos com viés paredista"
Tipo Notícia
NO ÚLTIMO dia 6 de fevereiro, agentes de segurança se mobilizaram em frente à Assembleia Legislativa (Foto: AURELIO ALVES)
Foto: AURELIO ALVES NO ÚLTIMO dia 6 de fevereiro, agentes de segurança se mobilizaram em frente à Assembleia Legislativa

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 14, os comandos da Polícia Militar e dos Bombeiros recomendaram que agentes de segurança não participem de eventuais atos ou de movimentos de paralisação, sob pena de prisão por crimes como motim e desobediência.

No texto, divulgado entre as tropas nos quartéis, o comandante-geral da PM, Alexandre Ávila de Vasconcelos, afirma que “tais atitudes podem configurar, em tese, os seguintes crimes militares: motim, revolta, omissão de lealdade militar, conspiração, aliciação para motim ou revolta, incitamento, apologia de fato criminoso ou do seu autor, desrespeito a superior”, além de outros tipos de delitos, todos passíveis de detenção.

A recomendação da PM atende a pedido do Ministério Público do Estado, que notificou a instituição para que vetasse a seus integrantes, policiais e bombeiros, participação em atividades paredistas.

O MPE recomenda ainda que os comandos de PM e Bombeiros publiquem imediatamente “expressa determinação sobre o dever de não comparecimento em qualquer destes atos com viés paredista” e “instaurem de imediato os Inquéritos Policiais Militares (IMP) para apurar as responsabilidades pelo incitamento e organização de tais movimentos”.

O documento solicita também que as chefias “instaurem os necessários IPMs para apurar eventual crime de abandono de posto, no referente aos militares oriundos das demais regiões do estado e que para cá se deslocaram com o fito de integrar tal manifestação”.

Em transmissão nas redes sociais ontem, o deputado estadual Soldado Noelio (Pros) convocou a tropa a participar de assembleia na próxima terça-feira, 18, para discutir alteração na proposta aprovada por representantes dos militares, entidades e governo nessa quinta.

Embora tenha a chancela dos interlocutores designados pela categoria para negociar e chegar a um acordo em torno do reajuste salarial, a corporação rejeitou os percentuais acordados entre o Abolição e os deputados. Nesta sexta-feira, o governador Camilo Santana enviou a proposta aprovada em grupo para a Assembleia Legislativa, que deve começar a discuti-la na semana que vem.  


Foto do Henrique Araújo

Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?