Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Na transmissão ao vivo que fez há pouco pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que os policiais militares do Ceará fizeram uma greve e não motim.
“A GLO terminou (no Ceará), demos oito dias, prorrogamos por mais sete. No quinto foi feito um acordo, e decidiu a questão da greve dos policiais. Olha o que eu falei: greve”, afirmou o presidente.
Ainda segundo Bolsonaro, “a imprensa, nos governos anteriores, falava em greve”, mas quando “chegou o meu governo, começou a falar o quê? Motim”.
Para o chefe do Executivo nacional, “há uma diferença enorme de greve para motim”.
Durante os 13 dias de motim da PM no Estado, Bolsonaro se esquivou de criticar os soldados. Em visita ao Ceará, o ministro da Justiça Sergio Moro também evitou chamar a paralisação de ilegal. Apenas dias depois Moro afirmaria que o motim foi feito ao arrepio da Constituição.
Um dos integrantes da comissão que negociou o fim da paralisação, o coronel Aginaldo de Oliveira, comandante da Força Nacional de Segurança, chegou a declarar que os policiais amotinados no 18º Batalhão da PM eram heróis e saíam grandes da crise.
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