Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Pelas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) criticou na noite de hoje a decisão do juiz Roberto Bulcão, que revogou mandado de prisão do líder do motim dos policiais militares do Ceará, Cabo Sabino.
Camilo escreveu: “Estou indignado com a decisão de um juiz de relaxar a prisão de um foragido que liderou um motim que causou pavor à população cearense e provocou dezenas de mortes no Estado”.
Para o petista, é “inaceitável que alguém promova todo tipo de desordem, cometa crimes, desafie a própria Justiça, Ministério Público, Governo e sociedade, e seja mandado para casa, como se nada tivesse ocorrido”.
O chefe do Executivo defendeu ainda que Sabino “terá que responder pelos seus gravíssimos atos, pelo bem do Estado de Direito”.
Mais cedo, Sabino se apresentou espontaneamente na Vara da Auditoria Militar. Responsável pelo caso, Bulcão revogou o mandado de prisão e aplicou ao ex-deputado federal apenas uma medida cautelar que o impede de se aproximar de quartéis da PM e dos Bombeiros pelos próximos seis meses.
Em entrevista ao programa “Central da GloboNews”, ontem à noite, Camilo havia chamado Sabino de foragido da Justiça.
A coluna procurou o Palácio da Abolição para saber se o Governo questionará a decisão da Justiça por meio da Procuradoria-Geral do Estado, mas não obteve retorno até agora.
A reportagem tentou contato com a defesa de Sabino, sem sucesso.
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