Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
A comissão que ajudou a encerrar o motim de policiais militares do Ceará se reúne pela primeira vez com o Governo do Estado. Na pauta do encontro, realizado após a paralisação de 13 dias dos soldados, estão a mensagem de reajuste salarial e a composição do grupo.
O POVO apurou que a situação do líder Cabo Sabino também está sendo discutida. Sabino é considerado foragido da Justiça, segundo o governador do Estado, Camilo Santana (PT).
Em entrevista ontem, o petista voltou a dizer que há mandado de prisão aberto contra o ex-deputado federal. A reportagem tentou contato com Sabino, mas não teve retorno.
Fonte próxima dele afirmou, no entanto, que Cabo Sabino avalia se apresentar espontaneamente ainda nesta quinta-feira, 5, num quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro José Walter.
O processo contra Sabino corre em segredo de Justiça, na Vara de Auditoria Militar. O juiz responsável pela ação é Roberto Bulcão. Sabino é acusado de cometer crime militar ao incitar revolta de PMs.
Um dos interlocutores do movimento, o coronel da reserva e advogado Walmir Medeiros confirmou a reunião no Palácio da Abolição. Segundo ele, porém, a pauta não está definida.
Também membro da comissão, o presidente da OAB-CE, Erinaldo Dantas, cumpre agenda noutro evento.
Procurado, o Ministério Público do Estado (MP-CE) disse que não há informação sobre a agenda com o Governo.
O governador Camilo Santana, que estava em viagem ontem, já retornou ao Ceará e despacha no palácio.
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