
Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito
Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito
Rumores de uma possível candidatura de Ciro Gomes ao governo do Estado, despertou em mim uma análise que faço há algum tempo como jornalista e observador da política a partir de Iguatu, minha cidade natal, onde moro e trabalho há 40 anos.
Inicialmente, vamos retornar ao mandato de Ciro Gomes, governador do Ceará (1991 a 1994), que priorizou a capital cearense e a região Norte, em particular o município - berço de suas raízes, Sobral. Esta cidade seria fortemente favorecida mais à frente com dois mandatos sucessivos de seu irmão, o governador Cid Gomes (2007 2010 e 2011 a 2014).
No período de redemocratização do Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, ao nosso ver, Ciro Gomes e Camilo Santana (2015 a 2022), foram dois governadores que ficaram muito aquém do esperado em oferta de obras e serviços para a região Centro-Sul cearense. Os piores para Iguatu.
As ações de Ciro e Camilo praticamente ficaram restritas às políticas públicas implementadas em cada um desses dois governos nos municípios cearenses, ou seja, quase nada de ação exclusiva. Iguatu penou. A região idem. Mesmo assim, ambos receberam expressivas votações, em particular, em Iguatu.
Se olharmos para um passado mais distante, observamos que no governo do coronel Adauto Bezerra (1975 a 1978), na época por indicação do presidente Geisel, pois não havia eleição direta para o governo, houve investimentos robustos na região do Cariri cearense, notadamente na cidade de Juazeiro do Norte, sua terra natal.
O Cariri cearense iria ter uma segunda onda de fortes investimentos, nas duas gestões de Camilo Santana (2015 a 2022), considerado o governador ingrato a Iguatu e região. O atual governo ainda está em débito com o Centro-Sul cearense.
Aqui abre-se um parêntese. A história nos mostra que o ex-governador, coronel Virgílio Távora, deu atenção a Iguatu e queria aqui formar sólida base eleitoral. A primeira oportunidade ocorreu no período de 1963 a 1966, mas o Golpe Militar de 1964, barrou projetos. No segundo mandato de Távora (1979 a 1982), Iguatu recebeu um conjunto de obras que transformaram a infraestrutura local, a partir do programa Cidade de Médio Porte.
Exposto esse resumo, fica a permanente pergunta: Até quando Iguatu e a região continuarão tratados a pão e água pelo governo do estado?
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