Inter de Milão x PSG: tudo o que você precisa saber sobre a final da Champions
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Integrante do Grupo O POVO há 5 anos, com passagem pela redação do Esportes O POVO e atualmente como repórter setorista do Ceará Sporting Club. Nesta coluna se volta à paixão pelo futebol europeu, ampliando o espectro do já estabelecido Clássico-Rei local.
Inter de Milão x PSG: tudo o que você precisa saber sobre a final da Champions
As duas equipes se encontram na Allianz Arena, em Munique, para disputar o principal torneio de clubes do mundo
Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP
Final da Liga dos Campeões será no estádio Allianz Arena, em Munique
PSG e Inter de Milão farão a final da Uefa Champions League que ninguém apostava no início do torneio. Os dois melhores times de seus países duelarão pelo título em Munique, Alemanha. A Internazionale quer sua quarta conquista, enquanto o PSG sonha em levantar a taça continental pela primeira vez.
Independentemente do campeão, há narrativas, contextos e boas histórias de ambas as partes. Os milaneses buscam a redenção, a consolidação internacional do trabalho de Simone Inzaghi e um troféu para não passar a boa temporada em branco. Já os parisienses carregam a reconexão com a cidade, a mudança de rota de um projeto e o último obstáculo da Qatar Sports Investments (QSI).
Como a Inter de Milão chega à final
A Inter chega à final da Champions pagando o preço pela sua competência. O time tem uma média de idade elevada (33 anos) e sentiu o desgaste de uma temporada disputada em alto nível. A Biscione foi eliminada pelo rival Milan na semifinal da Coppa Italia e perdeu a liderança da Série A na 34ª rodada para o Napoli, terminando o torneio como vice-campeã.
Foto: Franck Fife/AFP Simone Inzaghi é o técnico da Inter de Milão
Vale ressaltar que, além da temporada com jogos desgastantes, como contra Barcelona e Bayern, a morte do papa Francisco bagunçou a reta final do calendário do futebol italiano e atrapalhou a Inter na disputa do Calcio, restando o título continental para coroar a temporada e o trabalho de Simone Inzaghi.
Com a comissão técnica e boa parte dos atletas remanescentes da derrota na final da Liga dos Campeões 2022/23, contra o Manchester City, o elenco Nerazzurri tem em mãos a segunda chance de ser campeão europeu. Muitos deste plantel têm, talvez, a última oportunidade de título, por estarem em reta final de carreira, como Acerbi (37 anos), Mkhitaryan (36), Sommer (36), Arnautovi (36), Çalhanolu (31), por exemplo.
Como o PSG chega à final
Diferentemente do rival, os parisienses tiveram conquistas nacionais bem mais tranquilas. A equipe de Luis Enrique foi campeã da Ligue 1 com seis rodadas de antecedência, em um torneio que já tem menos jogos por ter 18 equipes, podendo se focar no mata-mata da Champions. Na Copa da França, sem sustos, o PSG bateu o Reims por 3 a 0 e busca a tríplice coroa.
Foto: MARCO BERTORELLO/AFP Luis Enrique é o treinador do PSG
A QSI (Qatar Sports Investments), na figura de Nasser Al-Khelaïfi como representante, mudou a estratégia de montagem do elenco após a derrota na final da UCL 2019/20 para o Bayern de Munique e a saída de estrelas como Neymar, Messi e, talvez a mais sentida, Mbappé.
Contratações menos midiáticas como as de Désiré Doué, João Neves, Vitinha, Barcola e a manutenção de alguns atletas, como Dembélé, mudaram o perfil do elenco, gerando maior identificação com o torcedor e aproximando-o do clube novamente. Fechou com chave de ouro a contratação de Kvaratskhelia, destaque do Napoli e um atleta que estava pronto para dar o próximo passo na carreira.
Destaques individuais: Internazionale
Nicolò Barella: Craque da posição, o volante chegou à Inter em 2019 e tem sido um pilar neste novo momento vivido pela Nerazzurri. Muitas vezes subestimado por ser pouco midiático e não ter números tão expressivos, é de longe o melhor jogador deste elenco.
Foto: Franck Fife / AFP O meio-campista Nicolò Barella, da Internazionale
Alessandro Bastoni: Um dos melhores zagueiros do mundo (para mim, o melhor), o italiano de 26 anos ganhou mais destaque pelas últimas campanhas da Inter e pelos resultados defensivos. A equipe está frequentemente entre as melhores defesas das grandes ligas.
Yann Sommer: Responsável direto por levar a Inter à final, o goleiro sempre foi decisivo, desde a época do Borussia Mönchengladbach. Em Milão, reencontrou a confiança após ser subutilizado e injustiçado no Bayern de Munique.
Lautaro Martínez: A grande referência no ataque da Inter há anos, Lautaro defende as cores Nerazzurri de Milão desde 2018. Na temporada atual, marcou 22 gols e deu 3 assistências.
Destaques individuais: PSG
Ousmane Dembélé: Em uma temporada de resgate, o atleta francês faz uma campanha que o coloca entre os candidatos a melhor do mundo. Potencializado por Luis Enrique, o ponta ambidestro soma 33 gols e 12 assistências —e contando, já que além da final, defenderá a França na Nations League.
Foto: Franck Fife / AFP O atacante Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain
Désiré Doué: Fã de Neymar, Doué conquistou a vaga de titular do ótimo Barcola e tem correspondido às expectativas. Com estilo de jogo ousado e a busca constante pelo um-contra-um, o técnico espanhol apostou em Désiré também pela melhor contribuição tática e equilíbrio da equipe.
Khvicha Kvaratskhelia: O único que já é triplete nesta temporada, Kvaratskhelia foi contratado na janela de inverno e foi campeão italiano (Napoli), francês e da Copa da França. Era o principal atleta em Nápoles e veio para Paris para dar o próximo passo na carreira.
Vitinha: Outro atleta subestimado por não ter números exorbitantes, Vitinha é a mente pensante desse PSG. Com visão de jogo diferenciada e decisiva, o português ganhou mais protagonismo com Luis Enrique e vem aproveitando. Destaque para as cobranças de pênaltis do meia, que ainda não perdeu nenhuma penalidade com a camisa do time francês.
Mística e curiosidades sobre a final
> Munique, cidade-sede da final entre as equipes, foi palco da última (e única) vez que um time francês venceu a Liga dos Campeões. Na temporada 1992/93, o Olympique de Marseille bateu o Milan por 1 a 0, gol de Basile Boli.
> Outro detalhe sobre Munique é que em todas as finais da UCL realizadas na cidade, sempre houve um campeão inédito: Nottingham Forest em 1979, Olympique de Marseille em 1993 e Borussia Dortmund em 1997 conquistaram a Champions pela primeira vez na terra bávara.
> A Inter nunca perdeu mais finais da Champions do que disputou. A equipe italiana foi bicampeã nas finais de 1964 e 1965, perdeu em 1967, venceu em 2010 e perdeu em 2023.
> Após 21 anos, é a primeira final da Liga dos Campeões sem um time inglês, espanhol ou alemão. Em 2004, o Porto foi campeão europeu após bater o Monaco por 3 a 0 — também na Alemanha, mas em Gelsenkirchen.
> Ninguém nos dois elencos disputou mais finais continentais que Mkhitaryan. O armênio vai para sua quinta decisão: anteriormente, disputou e perdeu duas finais da UCL (pelo Borussia Dortmund em 2014 e pela Inter em 2023), venceu a Liga Europa pelo Manchester United (2017) e a Conference League pela Roma (2022).
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