Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O Fortaleza divulgou, na última semana, a previsão orçamentária para a temporada 2022. O clube, que tem o orçamento geral previsto para R$ 141 milhões, irá investir R$ 660 mil no futebol feminino no próximo ano. Serão R$ 480 mil para a folha das atletas e R$ 180 mil para o administrativo da modalidade.
O aumento, se comparado ao ano de 2021, é de R$ 230 mil; se confrontado com o ano de 2020, é de R$ 550 mil. Para um clube que irá disputar uma vaga na Série A1 do Brasileirão, que deve ficar mais disputado com a criação da Série A3, já que mais times irão disputar campeonatos nacionais femininos, R$ 660 mil talvez não seja o valor mais satisfatório ou ideal, mas vale salientar dois pontos:
O primeiro é a separação no pagamento da folha das atletas com a folha do administrativo. No ano anterior, os R$ 430 mil foram divididos para o geral, o que dava uma fatia menor para todos os envolvidos. Com a nova divisão, os valores devem aumentar para todas as partes. O segundo ponto a destacar é que, apesar dos pesares, houve um progresso. Em um ano em que uma das equipes mais tradicionais do país, Kindermann, encerrou as atividades, é importante ver uma equipe local subir um degrau, mesmo que baixo.
É fundamental, entretanto, que não pare por aí. No cenário estadual e regional, vejo uma necessidade de investimento também na estrutura, por exemplo. Há times jogando o Campeonato Cearense que nem sequer possuem um lugar fixo para treinar. Também é importante que, cada vez mais, busque-se pela profissionalização dos contratos das jogadoras.
No futebol masculino, embora tenha minhas críticas, eu admiro muito o Fortaleza e o Ceará pelo modo com que projetam seus times, olhando também para o futuro e para o médio prazo, e não somente para o curto. Seria considerável se começassem a olhar para os projetos de futebol feminino da mesma maneira.
O continente cresce
Além do valor do orçamento do Fortaleza para o futebol feminino, o que também cresceu essa semana foi o valor da premiação da Libertadores Feminina. A Conmebol anunciou ontem que as equipes campeãs da competição da modalidade irão receber US$ 1,5 milhão. Quem ficar com a medalha de prata desembolsa US$ 500 mil. A alteração já vale para a edição de 2022 do torneio.
Anteriormente, o time campeão levava para casa US$ 85 mil e o vice US$ 50 mil. Na última edição, três times brasileiros fizeram parte da disputa: Avaí Kindermann, Corinthians e Ferroviária-SP. O Timão levantou a taça no dia 21 de novembro, ao vencer o Santa Fé por 2 a 0.
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