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Ceará, o investimento no futebol feminino e o acesso à Série A1
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

Ceará, o investimento no futebol feminino e o acesso à Série A1

Colunista traz valores aplicados pelo Vovô para a temporada 2022 do futebol feminino e salienta importância do acesso à primeira divisão para time subir de patamar
Meninas do Vozão são campeãs invictas do Cearense Feminino 2021 (Foto: Stephan Eilert)
Foto: Stephan Eilert Meninas do Vozão são campeãs invictas do Cearense Feminino 2021

O Ceará divulgou a previsão orçamentária para a temporada 2022 na última semana. Com o orçamento geral previsto para R$ 163,8 milhões, o Alvinegro de Porangabuçu deve investir R$ 1,6 milhão no futebol feminino. Serão quase R$ 1,3 milhão para pagamentos com pessoal e outros R$ 300 mil serão aplicados em materiais, manutenção, serviços gerais e terceiros, gastos com competições e também com tributos, de acordo com o documento publicado no site do clube. 

O aumento, se comparado ao valor do ano anterior — que foi de R$ 1,4 milhão —, foi pequeno. Este fato foi, inclusive, reconhecido pelo próprio clube, que assim o descreveu no documento já citado. Mas ele não deve ser ignorado. Mesmo com um aumento simples, o Vovô segue com o maior investimento do Estado na modalidade, e com sobra para os outros clubes. O Leão, segundo maior investidor local, irá dedicar R$ 660 mil

Com mais tempo na Série A do Brasileirão com o time masculino e, consequentemente, captando mais recursos, o Alvinegro de Porangabuçu também possui a equipe feminina há mais tempo. E nesse 2022, a meta é a mesma de 2019: alcançar a primeira divisão da modalidade. Desde o ano citado, o Ceará já teve a oportunidade de ir para a elite três vezes, mas ficou no meio do caminho diante de Cruzeiro, Botafogo-RJ e Cresspom-DF, respectivamente.  

Para o ano de 2022, a expectativa é que esse obstáculo seja superado. Para isso, a continuidade no investimento milionário é imprescindível. Entretanto, para um time que já bateu na trave do acesso três vezes seguidas, é importante que algo mais mude. Uma boa organização e um bom planejamento desde o início do ano, além de um bom trabalho psicológico, devem ser suficientes para ajudar as Alvinegras a alcançar essas mudanças e subir de patamar. 

A nível estadual, as jogadoras já provaram que podem oferecer muito. No cenário nacional, entretanto, a sensação que ficou nos últimos anos foi a que faltou muito pouco para o acesso vir. Seguindo essa leitura, o Vovô deve olhar, com esse pequeno aumento, para o pouco que falta, já que são os espaços deixados ao longo da temporada que se tornam grandes lacunas nos momentos decisivos.

Dos clubes locais, o Ceará é, inclusive, o que tem mais capacidade e cacife financeiro para isso. Com o crescimento do número de torneios e de times nacionais femininos, a tendência é que, a cada ano, se torne mais difícil subir. Logo, a hora perfeita é agora.

Caso esse sonho do acesso seja mais uma vez adiado, acredito que se tornará ainda mais difícil alcançá-lo. E caso ele seja alcançado, creio que os holofotes que o Alvinegro — e o futebol cearense num todo — precisa chegarão. E não duvido que cheguem junto com patrocínios e outras boas compensações, já que a modalidade só cresce no país. 

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