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Futebol feminino do Brasil terá maior visibilidade com compra de direitos de transmissão
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

Futebol feminino do Brasil terá maior visibilidade com compra de direitos de transmissão

Colunista comenta a maior exibição de competições femininas na televisão brasileira após a Rede Globo comprar os direitos de transmissão da Supercopa do Brasil e do Brasileirão Feminino
Palmeiras joga contra o Atlético-MG hoje, sexta, 4, pelo Brasileirão Feminino 2022; veja onde assistir ao vivo aos jogos do dia e horário.  (Foto: Fabio Menotti / Ag. Palmeiras)
Foto: Fabio Menotti / Ag. Palmeiras Palmeiras joga contra o Atlético-MG hoje, sexta, 4, pelo Brasileirão Feminino 2022; veja onde assistir ao vivo aos jogos do dia e horário.

As principais competições de futebol feminino do Brasil estão de casa nova. A Globo anunciou na última sexta-feira, 28, um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelos direitos de transmissão de diversos torneios da modalidade. A emissora deve exibir até 2024 a Supercopa do Brasil e também os amistosos da seleção em preparação para a Copa do Mundo de 2023, que será realizada na Austrália e na Nova Zelândia. A partir do próximo ano, o Brasileirão Feminino também será transmitido pelo canal.

A mudança deve colocar o futebol feminino em um novo patamar no Brasil. Embora muitos jogos do Brasileirão já estejam sendo transmitidos em TV aberta nos últimos anos pela Band, que conquistou bons números, a audiência trazida pela Globo pode popularizar de vez a modalidade, como já ocorreu com o MMA. E tudo isso não ocorre do nada. Desde 2019, o futebol feminino tem dado retorno positivo às apostas feitas pelos canais. Na última edição da Copa do Mundo, a audiência mais que dobrou, chegando a bater recorde no país. No cenário global, de acordo com a Fifa, mais de 1 bilhão de pessoas assistiram o torneio. 

De lá para cá, muitos amistosos da seleção ganharam espaço na grade mais assistida do país. E com o bom retorno frequente, logo o Brasileirão Feminino foi parar nos canais fechados, por meio do SporTV. Em 2021, a emissora exibiu jogos das fases de mata-mata do certame e, novamente, o resultado foi positivo para a emissora, que tem como foco multiplicar ainda mais o número de olhos voltados para o futebol feminino.  

De acordo com o colunista do portal Notícias da TV, Gabriel Vaquer, a atual diretora de direitos esportivos da Globo, Joana Thimoteo, quer ver cada vez mais mulheres no futebol e na TV. A inserção dos torneios na grade dos canais é a primeira das estratégias adotadas. Segundo o jornalista, outra decisão tomada pela emissora foi o de aumentar o número de comentaristas mulheres. A emissora já busca outro nome após o sucesso de Ana Thais Matos e Renata Mendonça com a audiência.

Todas essas notícias me lembram de quando eu entrevistei a primeira narradora de futebol da TV brasileira, Luciana Mariano, em meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ao perguntá-la sobre as dificuldades em que viveu quando iniciou na narração, em 1997, ela citou a ausência de público em jogos da seleção feminina. 

Hoje, isso já não é mais um problema, seja nas arquibancadas ou na TV. E observar que a maior emissora do país enxerga isso é revigorante. Após anos de recusa, o futebol feminino brasileiro finalmente começará a ter a visibilidade que precisa. E com certeza boas respostas serão dadas em campo pelas jogadoras. 

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