Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Ceará e Fortaleza iniciam nessa semana a pré-temporada dos times femininos. Em maio, as duas equipes entram em campo para disputar a Série A2 do Brasileirão. Segundo maior torneio da modalidade, a competição se torna ainda mais disputada após a criação da terceira divisão, já que isso muda os critérios de classificação dos certames para os anos seguintes.
Tanto Alvinegras quanto Leoas já disputam a segunda divisão do futebol feminino a tempo considerável. Nos últimos três anos, as equipes tiveram oportunidades de subir, mas sempre bateram na trave. Com a ascensão da modalidade no país, os dois clubes sabem que a hora de conseguir o acesso é essa. Deixar para depois seria correr o risco de esbarrar de maneira mais recorrente com adversários de maior investimento e estrutura. Por esse motivo, as diretorias estão promovendo mudanças.
O Ceará anunciou no dia 4 a dispensa de 15 jogadoras. Foram elas: Bruna, Byah, Nathalia, Mariana Cristina, Mari Machado, Rayane, Rafaela, Thayane, Thayslane, Ellen, Jiselle, Livyan, Patrícia, Valeska Bebê e Tefa. Em contrapartida, o clube renovou com Karen, Michele Carioca, Annaysa, Juh Morais, Edna Baiana, Jady, Lana e Edna, e também abriu uma seletiva para encontrar atletas para as categorias de base.
De acordo com o coordenador da modalidade, César Molina, o clube tem como grande objetivo investir mais na base. "Está comprovado que o caminho que dá resultado é a categoria de base. Por isso o Ceará voltou a treinar a base em preparação para os torneios e está captando atletas novas", ressaltou.
Do lado do Fortaleza, as mudanças ocorreram principalmente na comissão técnica. Treinador do time nas últimas temporadas, Igor Cearense será auxiliar-técnico em 2022. O grupo agora será comandado por Débora Ventura. Primeira mulher a conseguir a Licença PRO de Futebol do Brasil e da América Latina, a paulista de 39 anos já foi auxiliar-técnica da equipe Sub-17 da seleção brasileira, com quem conquistou o Campeonato Sul-Americano de 2018 e competiu a Copa do Mundo.
Com grandes transformações estruturais, os dois clubes cearenses dão um nítido recado: eles querem que 2022 seja um ano diferente. Para que isso ocorra, eles precisam não só olhar para os erros cometidos no passado, mas também para o futuro já predestinado: o que é preciso para ir à Série A1? O que os times que subiram nos últimos anos tinham que é possível replicar? Certamente não será uma tarefa fácil conseguir o acesso à Série A1, mas não é missão impossível. A dupla já provou — pelo menos no futebol masculino — que consegue bater de frente com equipes maiores e mais bem estruturadas, inclusive financeiramente.
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