Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O final de semana do futebol cearense foi agitado, mas não somente por tudo que aconteceu no masculino. Os times profissionais femininos de Ceará e Fortaleza disputaram o acesso à A1 e, assim como no Clássico-Rei do último domingo, somente uma equipe saiu satisfeita de campo quando o apito final soou.
Diante do JC Futebol Clube, o Ceará fez um belo dever de casa, o que não foi uma surpresa para qualquer pessoa que acompanhou a equipe desde o início da temporada. As Alvinegras golearam o time amazonense por 4 a 1 e, com um agregado de 8 a 3, garantiram o histórico acesso à elite do futebol feminino. Em toda a campanha, a equipe comandada por Erivelton Viana emplacou seis vitórias e dois empates, com 24 gols marcados e sete tomados.
Os números são ótimos, mas não são tão diferentes das campanhas passadas. O Ceará feminino vem de temporadas de bons jogos, mas nos anos anteriores acabou por bater na trave. O que mudou desta vez? Além do aprimoramento do trabalho técnico e tático, o psicológico foi fator fundamental para que as Alvinegras superassem as adversárias.
No início deste ano, quando a coluna entrevistou o treinador, ficou perceptível que esta era uma preocupação da comissão técnica e é bom perceber que esse foi um obstáculo que o time do Vovô conseguiu superar. Durante toda a temporada, ficou nítido que a equipe tinha uma capacidade, para além do físico, de superar adversidades. A virada diante do Fortaleza no primeiro turno foi construída dessa maneira e a última goleada diante do JC também.
O mesmo, infelizmente, não se pode dizer das Leoas. Apesar de ser a única equipe a empatar e a dar trabalho ao Real Ariquemes lá em Rondônia, o Fortaleza não saiu do 0 a 0 no jogo do último sábado. Com o revés no primeiro jogo, o Tricolor acabou se despedindo do torneio de maneira melancólica.
Antes de tudo vale ressaltar que, embora mais alto que nos anos anteriores, o investimento do Fortaleza dedicado ao futebol feminino — R$ 660 mil — ainda não chega perto do valor do Ceará (estimado em mais de R$ 1 milhão). Mesmo assim, com uma reformulação e um novo trabalho, era esperado bem mais da equipe tricolor no torneio.
Em toda a competição, o time comandado por Débora Ventura disputou oito jogos. Foram duas vitórias, três empates e três derrotas, com sete gols marcados e seis tomados. Os números deixam claro que a campanha toda foi bem aquém do esperado. A esperança, no entanto, é que não ocorra uma desleal "caça às bruxas" e que o clube não se desmotive com a modalidade após uma temporada em baixa. Ainda há o Estadual a ser disputado. Até lá, a equipe do Pici tem bastante tempo para pensar no que errou e no que pode ser melhor executado no Brasileirão A2 de 2023, já que o time está garantido na competição por ter passado de fase na atual edição.
O Brasileirão Feminino A2 continua com o Ceará em solos alencarinos no próximo sábado, 20. Ao que tudo indica, conforme adiantado na versão digital na coluna no último sábado, o Vovô deve mandar a partida no estádio Presidente Vargas e espera contar com presença da torcida. Para isso, alguns trâmites precisam ser resolvidos. Resta a nós torcer para que o clube possa solucioná-los, para que o encontro entre as Alvinegras com sua torcida possa enfim ocorrer.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.