Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
A afirmação de Marta na Copa do Mundo Feminina de 2019, de que não estaria ali para sempre, nunca foi tão real quanto na atualidade. Após cinco edições disputadas, a maior camisa 10 de todo os tempos foi convocada para o seu sexto e último Mundial, que ocorrerá entre os dias 20 de julho e 20 de agosto, entre os territórios de Austrália e Nova Zelândia.
É inegável que este fato dá ao certame um peso ainda maior. Se por anos tivemos a certeza da genialidade de Marta dentro de campo, no próximo Mundial a exatidão já não será mais a mesma. Só por isso, a grande audiência desta Copa já deveria ser garantida.
Na Copa do Mundo seguinte, de 2027, o mundo do futebol sentirá sua ausência como jogadora. O Brasil caminha para uma independência futebolística pós-Rainha, mas também será afetado. De todo modo, a camisa 10 deixa um legado inegável não só para a seleção brasileira, mas para toda a modalidade.
Apesar de não ter conquistado até aqui a tão sonhada estrela, ela é um marco não apenas por ser quem é, mas também por ter atravessado grandes momentos do futebol feminino brasileiro. De 2003 a 2023, a modalidade ganhou notoriedade, travou inúmeras lutas por igualdade e equidade e, em todas elas, o rosto da rainha esteve estampado.
Quando o juiz apitar o final do jogo do Brasil — e esperamos que seja o da final — será o marco do fim de uma grandíssima era. Assim como pediu na Copa passada, Marta pedirá novamente, mesmo que silenciosamente: continuem esse legado.
Ela merece que este pedido seja realizado, assim como merece que essa Copa tenha notoriedade do público, afinal, não houve jogador ou jogadora que honrou tanto essa camisa quanto ela nas últimas duas décadas.
No cenário geral, a alagoana possui o maior número de gols marcados em todas as Copas — femininas e masculinas. Foram 17 vezes balançando as redes entre as Copas de 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019. Pela seleção, no geral, são 183 jogos oficiais e 119 gols desde 2002, além de medalhas olímpicas e Pan-Americanos.
Pelo andar dos treinamentos, a jogadora tem sido poupada, de modo que talvez sua participação não seja tão longa como outrora. Ainda assim, só pela presença, Marta vale o bilhete e a televisão ligada no início da manhã, para dizer o mínimo.
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