Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O Brasil entra em campo diante da Jamaica nesta quarta-feira, 2, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Feminina, no que deve ser o jogo mais importante da carreira de Pia Sundhage como comandante da seleção brasileira. A sueca treinou a equipe verde e amarela pela primeira vez em agosto de 2019. Desde a ocasião, seu principal foco era o Mundial.
Nos quatro anos que se passaram, todas as convocações tinham o objetivo de preparar o melhor time possível para que o Brasil enfim chegasse forte na Copa do Mundo. Os treinos também visavam amadurecer e podar o grupo, e assim foi feito, entre cortes e os mais diversos ajustes táticos e técnicos. Deste modo, a expectativa para esse Mundial era que a equipe chegasse da melhor forma.
O primeiro teste diante do Panamá foi simples, mas primoroso. Contra uma seleção estreante, o Brasil goleou sem grandes dificuldades, mostrando seus talentos individuais, mas também coletivos, e dando esperanças de uma notável evolução. Contra a França, no entanto, a desconfiança veio.
Na primeira etapa, diante de um rival mais equiparado, a seleção brasileira demonstrou um futebol desorganizado e nervoso. As dificuldades apresentadas iam desde o posicionamento até a marcação, passando ainda por problemas na criatividade ofensiva. Apesar de alcançar o empate em determinado momento, a derrota veio em 2 a 1 por dois motivos, que passam pela treinadora direta ou indiretamente.
O primeiro deles atravessa a teimosia na mudança durante o jogo. Apesar de se apresentar mal na primeira etapa, Pia só optou por fazer grandes mudanças no grupo aos 80 minutos, muito apoiada no empate alcançado por Debinha e também na leve melhora que a equipe apresentou na etapa final. A segunda passa muito mais por uma questão disciplinar. Na estratégia de marcar por zona, Andressa Alves assumiu em coletiva que deveria ter bloqueado Renard e desenhou o erro como "coletivo" — o que claramente não foi.
Por conta da derrota pelos dois motivos citados, o Brasil terá que buscar a classificação diante de uma bem fechada e postada Jamaica, que conseguiu segurar a França na primeira rodada, quando as equipes empataram sem gols. Desse modo, o jogo ganha uma conotação decisiva para a sueca. Caso o Brasil seja derrotado ou não alcance resultado para uma classificação, esses erros podem significar o grande fracasso de um trabalho de longo prazo, já que ela não poderá usar qualquer desculpa — como o tempo de preparação — para justificar o que poderia ser uma eliminação.
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