Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O Fortaleza somou mais uma convocatória da seleção brasileira feminina na última semana. A cearense Camille, volante das Leoas, foi chamada pela primeira vez pela técnica Simone Jatobá para um período de preparação na Granja Comary, entre os dias 16 e 30 de outubro, visando a lista final do Mundial Sub-17.
A convocação aumenta o histórico de jogadoras das Leoas que vestiram a camisa da seleção. Ao todo, de 2020 até 2024, outras cinco jogadoras da base do Tricolor do Pici foram chamadas por diferentes categorias.
Pelo sub-17, além de Camille, a goleira Awanny Miria, a meia-atacante Pepê e a lateral Mirela Rodrigues já viveram a experiência com a camisa verde-e-amarela. Já pelo sub-20 foram chamadas a atacante Letícia Monteiro e a volante Rebeca Costa, tendo a última conquistado o título Sul-Americano da categoria com o grupo canarinho enquanto jogava no clube.
Esse é somente mais um dos pontos que demonstram, aos poucos, a força da base do Fortaleza. No primeiro semestre do ano, o clube já teve campanhas expressivas no Campeonato Brasileiro sub-20, no qual foi até as quartas de final, sendo eliminado somente pelo potente Corinthians e terminando a fase de grupos na liderança de uma chave com Flamengo e Fluminenses.
Já no Cearense sub-17, em que disputa as semifinais a partir do próximo sábado, 21, às 15h30min, contra o Movimenta, disputou uma fase de grupos com três vitórias, um empate e 83% de aproveitamento.
Gerente das categorias de base e do futebol feminino do Leão, Erisson Matias salientou para a coluna que parte do sucesso, além das comissões técnicas, deve-se aos investimentos ampliados e à capacitação dos profissionais da modalidade.
"Assim como acontece no futebol masculino, os investimentos no futebol feminino de base também foram ampliados para atacarmos pontos estratégicos, como a captação de atletas, principalmente em Fortaleza e na Região Metropolitana. Como também a capacitação dos profissionais envolvidos no processo, a estrutura para treinos e jogos, que é a mesma utilizada pelo futebol masculino, e a expansão no número de atletas com contrato de formação e profissional", frisou.
A importância do trabalho da base também é reconhecida pelo CEO da SAF do clube, Marcelo Paz. Em conversa com a coluna sobre a viagem aos EUA, onde visitou as instalações do Chicago Red Stars, o gestor acentuou a força da liga americana e analisou que a grande diferença entre a maior potência do futebol feminino para o restante do mundo está justamente na importância que dão ao cultivo pela modalidade desde a infância, mostrando que o Leão sabe a importância de cuidar das bases para um futuro próspero para as Leoas.
"Acho que o que faz diferença (nos Estados Unidos) é que é uma cultura criada nas comunidades, escolas, pequenas cidades, onde as crianças jogam futebol continuamente, meninos e meninas. Como alguns esportes americanos não tem para meninas, como é o caso do futebol americano, baseball, o soccer — como eles chamam — ocupa esse espaço para elas praticarem o esporte", destacou.
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