
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Mais um final de semana de jogos agitados no Estado para o futebol feminino. O Fortaleza foi em busca de melhorar seu repertório e sua colocação no Brasileirão A2 ao receber o líder da chave, Vitória-BA, no CT Ribamar Bezerra, em Maracanaú. No dia seguinte, foi a vez de o Ceará jogar em casa, diante do Ypiranga-AP, no primeiro jogo de mata-mata das oitavas de final do Brasileirão A3 em Itaitinga, na Cidade Vozão.
Nessas disputas, apenas quem se saiu bem foi o Vovô. Apesar de mostrar um pouco de dificuldade em repertório ofensivo — criação e finalização — em um jogo mais pegado ainda que jogando como mandante, as Alvinegras conseguiram um gol que colocou o time na frente na busca por uma vaga nas quartas de final do certame nacional. Jojo marcou o 1 a 0 ao achar espaço entre as defensoras amapaenses quando o jogo parecia mais apertado.
O placar mínimo dá ao time comandado por Erivelton a possibilidade de até empatar no próximo sábado, 24, diante do Ypiranga-AP fora de casa. Mesmo assim, é preciso que o grupo fique mais atento, não só para não ser surpreendido fora de casa, mas também para que, caso avance de fase, o time consiga mostrar melhoras nas quartas de final.
A situação do Fortaleza já soa mais delicada. No momento em que você lê essa coluna, o Tricolor pode estar fora do G-4 classificatório do Grupo B do Brasileirão A2 a depender do resultado do jogo entre Mixto x Ação. A queda da tabela não é à toa ou ao acaso após um empate sem gols — e sem sal — contra o Vitória.
Desde o início da temporada, o Fortaleza vem apresentando um futebol aquém do que se espera, ainda que se esperasse pouco de um grupo que foi desmanchado e montado principalmente com jogadoras mais novas, da base leonina. Ressaltar isso não é tirar méritos das atletas em si, porque esforço é algo que você até enxerga nas partidas, mas falta um melhor comando tático e técnico das jogadoras.
Hoje, o Fortaleza não parece ter qualquer aplicação tática. Se o Ceará careceu um pouco de repertório ofensivo, as Leoas nem parecem o ter — e a temporada delas começou antes. Se o objetivo do time for apenas cumprir tabela, tudo certo. Mas se o time de fato quiser algo com a vida esse ano, até para não chegar tão mal na segunda fase da Copa do Brasil Feminina, a hora de acordar é agora. Alguns jogos a mais já parece tarde demais em um campeonato que está indo para sua quinta rodada no próximo final de semana.
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