
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Um final de semana de avanços no futebol feminino cearense. O Fortaleza finalmente fez um jogo expressivo ao vencer o Atlético Rio Negro nesse sábado, 24, por 8 a 1m em partida realizada no CT Ribamar Bezerra, em Maracanaú. A grande goleada ajudou as Leoas não só a voltar para as primeiras posições do Grupo B do Brasileirão Feminino A2, mas também a manter o time em vantagem frente aos adversários empatados com nove pontos pelo amplo saldo de gols.
O resultado não ilude, no entanto. Não é como se o Fortaleza tivesse feito uma partida ruim, mas o Atlético Rio Negro é um time limitado, não à toa o terceiro pior do torneio, e o segundo pior em saldo de gols. Vale exaltar a estratégia pelo menos. Três pontos são três pontos independentemente de quem seja o grupo do outro lado do campo. Além disso, o grande placar fortalece o time na tabela, que é o que mais importa nessa fase. Mas o escrete comandado por Erandir ainda precisa demonstrar evolução nos jogos mais decisivos que virão à frente e não sentar em um resultado que apenas acalmou os ânimos.
O grande teste não será na próxima partida, contra o Remo, lanterna da Chave B. Como o jogo é apenas no dia 8 de junho, é uma oportunidade se preparar para vencer e convencer — o que ainda não ocorreu esse ano.
Para sorte da equipe, ela poderá contar com o retorno da grande Ravenna, que foi um dos destaques do Brasil no Sul-Americano Feminino sub-17. A ponta velocista das Leoas se despediu da competição pela Amarelinha sem demonstrar medo de jogos grandes ou adversários difíceis e com dois gols marcados em sete jogos, além de duas assistências. Na campanha, o Brasil terminou na segunda colocação — apenas por conta de um empate diante do Paraguai, na qual ela ficou em campo por apenas 29 minutos por uma mudança tática da treinadora — e assegurou vaga para o Mundial da categoria. A atleta de 16 anos volta gigante para o clube, podendo ajudá-los nesse reencontro com um futebol mais aplicado.
Diferentemente do Fortaleza, o Ceará já entra em campo nesta quarta-feira, 28, sem tempo a perder. Depois de assegurar vaga nas quartas de final do Brasileirão Feminino A3 com um empate diante do Ypiranga-AP em 1 a 1 fora de casa, as Alvinegras viram a página em busca de avançar para a segunda fase da Copa do Brasil da modalidade diante do Rolim de Moura-TO.
O jogo será às 15 horas, na Cidade Vozão, o que já é uma vantagem para o time alvinegro por jogar em casa, apesar do horário sempre péssimo que a CBF reserva ao futebol feminino — e que eu obviamente defenda que a partida poderia acontecer em um horário e local melhores, mas falar disso já soa como dar murro em ponta de faca: só me desgasto e nada muda.
O segundo ponto positivo ao grupo de Erivelton Viana é pegar um adversário que chega ao certame abalado após a desclassificação na A3 ao ser superado no agregado em 7 a 2 pelo Vila Nova-GO. Deste modo, e mostrando um futebol que convence um pouco, apesar de ter pontos a melhorar, o Alvinegro chega com mais solidez, podendo utilizar a competição como ponto para uma virada de chave onde possa se firmar ainda mais para as batalhas que vêm pela frente na A3.
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