
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O que fazer e como reagir quando você luta, se esforça, e finalmente fica frente a frente com um sonho a ser realizado? O que pensar quando apenas 90 minutos te separam de um marco histórico com a camisa do time que você defende? Como viver todos os dias que antecedem uma decisão e encarar cada treino como só mais uma atividade?
Esses pensamentos, de maneira positiva e negativa, podem ou não tomar a cabeça das jogadoras do Fortaleza antes do jogo deste domingo, 6, às 15 horas, no estádio Presidente Vargas, no Benfica. A partida irá decretar o acesso do time à Série A1 do Brasileirão Feminino — ou a permanência na A2. A única coisa que elas não podem é se deixar vencer de uma maneira medrosa por isso.
Medo não tem sido parte do repertório desse elenco, aliás. De um começo medíocre, com empates vacilantes apesar de nenhuma derrota, as Leoas conseguiram evoluir por uma grande força de vontade. Correram por cada bola, correram por si e pelo grupo, conforme destacou uma das artilheiras do time, Andressa Anjos, em entrevista antes do primeiro embate ao Esportes O POVO. E agora chegou a hora de dar o "sprint final".
Digo final não por ser um fim da linha, mas porque um avanço às semifinais e uma disputa por título poderá ser encarada como um bônus após um possível acesso alcançado. E é o hoje que sempre interessa no futebol. A próxima partida. Nunca o próximo mês. É sempre o aqui e o agora, mas para correr pelo que está palpável agora, elas devem pensar no caminho que percorreram, no passado, quando ansiavam por isso. Nunca no futuro que ainda não chegou.
E devem pensar ainda que terão, desta vez, o apoio das arquibancadas, já que os setores azul e amarelo do Presidente Vargas estarão liberados para os torcedores que desejarem se fazer presentes. A equipe, que ao meu ver não começou se apresentando tão bem, soube evoluir, superar cada obstáculo — aqueles conhecidos e desconhecidos por mim e por todos. Elas sabem o quanto merecem. E quem também sabe disso estará lá para apoiar, seja por cada uma delas ou pelas cores que elas defendem.
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