
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Mesmo em meio à parada do Brasileirão Feminino A2, antes das decisivas semifinais, o futebol feminino não dá pausa no Brasil. Nesse final de semana se iniciou a Copa América da modalidade, mais um experimento para Arthur Elias e nossas jogadoras antes da grande Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil.
O primeiro passo dado foi com uma vitória diante da Venezuela por 2 a 0, com gols de Amanda Gutierres e Duda Sampaio na altitude de Quito (Equador). Um bom começo para o grupo olhar com atenção para o futuro, não pelo resultado positivo, mas pelos ajustes que ainda precisam ser feitos caso o Brasil queira fazer bonito em casa no Mundial.
A Copa América Feminina deverá ser utilizada principalmente para que a seleção brasileira veja e corrija suas limitações. No último amistoso antes do torneio, diante da França, já foi possível ver pontos a serem ajustados, principalmente no que diz respeito a deixar o adversário crescer na partida taticamente e psicologicamente. Esses pontos também foram notados contra a Venezuela — ainda que as limitações da equipe adversária tenham impedido que o time crescesse no jogo.
São problemas como esses que não podem ocorrer em uma Copa do Mundo, especialmente quando se é anfitrião. A seleção masculina de 2014 deixou isso bem claro naquele 7 a 1 diante da Alemanha, e isso é algo que o grupo feminino deve tomar de exemplo desde já.
A próxima partida, que ocorrerá nesta quarta-feira, 16, às 18 horas, diante da Bolívia. Poderá ser um jogo em que o grupo de Arthur Elias pode mostrar um pouco mais, assim como diante do Paraguai na terça-feira seguinte, 22. O maior teste brasileiro será, no entanto, contra a Colômbia, no fechamento da primeira fase do torneio. Até lá, a expectativa é que o Brasil tenha feito apresentações demonstrando ampla superioridade frente aos dois grupos que, hoje, não possuem as mesmas estruturas que o time brasileiro.
Mais do que conquistar o título continental, o grande objetivo deverá ser amadurecer a equipe para lidar com pressão, expectativa e adversidades que envolvem jogar uma Copa do Mundo em casa. Cada partida desta Copa América precisa ser encarado como um laboratório, mas também como uma afirmação de identidade. Se o Brasil quiser realmente sonhar alto em 2027, é essencial que o processo de evolução vá além do discurso e se traduza em campo, jogo após jogo.
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